Depois de dezasseis horas de trabalho, estiquei-me no sofá, estendi o braço e tirei um livro à sorte: “Os 50 grandes discursos da História”. Abro e sai-me o general Patton no discurso às tropas antes do Dia D:
“Um dos tipos mais corajosos que já encontrei foi um tipo que estava empoleirado num poste de telégrafo, na Tunísia, no meio de um imenso tiroteio. Parei momentaneamente para lhe perguntar que raio estava a fazer lá em cima numa altura daquelas. Ele respondeu: «Estou a arranjar o cabo, senhor». Perguntei-lhe. «Não achas que é um pouco arriscado fazer isso agora?». Ele respondeu: «Sim, senhor, mas o raio do cabo tem que ser arranjado». Perguntei-lhe: «Aqueles aviões que estão a metralhar a estrada não te incomodam?». E ele respondeu: «Não, senhor. O senhor é que me está a incomodar, e não é pouco!»”
E andam por aí muitos a incomodar-me.
Que perguntam, que comentam, que criticam e que dão palpites.
E se subissem ao poste e tentassem arranjar o cabo?
Neste dia tão especial, transporto as palavras de Edward Langley:
«O que este país precisa é de mais políticos desempregados.»
Desafio-vos a deixar no blogue um slogan neste dia do trabalhador.
O meu slogan para o dia 1 de Maio é muito simples:
"Bebam café em casa"
Se não consumirem no dia 1 de Maio deixa de haver desculpas para ter trabalhadores a trabalhar neste dia (salvo excepções importantes e casos de gravidade, eu sei). Os supermercados deixam de estar abertos, as pessoas torram o pão do dia anterior, almoçam e jantam em casa, não vão ao cinema hoje, deixam o passeio pelo centro comercial para outro dia e não incomodam ninguém num dia em que toda a gente tem o direito de ficar em casa. Pelo menos vale a pena tentar. Como disse a Sra. Simone Oliveira, podemos sempre começar por nós mesmos. Já agora, perdoe-me a provocação mas aproveito e faço uma pergunta impertinente: e se não desse Telejornal no feriado? Cada vez que ligo a TV e vejo os apresentadores lembro-me sempre que eles estão a trabalhar num dia feriado, num dia em que eu estou em casa e eles não... Faz-me alguma confusão, pronto.
Um óptimo feriado para si, Luís e para todos. Vamos lá ver se a luta continua... Bjs
Concordo em parte , mas vc falou básicamente do comércio. E os hospitais por exemplo? Mandam os doentes para casa no dia 30 de Abril? É muito mais complexo do que julga, para uns descansarem alguém tem que segurar as pontas... Mas entendi a sua preocupação e a mensagem.
Jornalista desde 1988
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Enviado especial:
20 guerras/situações de conflito
Outras:
Formador em cursos relacionados com jornalismo de guerra e com forças especiais
Protagonista do documentário "Em nome de Allah", da televisão Iraniana
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"10 Anos de Microcrédito" - colaboração