“Nos Estados democráticos não se ataca a polícia.”
Não podia estar mais de acordo.
Mas depois fiquei confuso confuso:
ouvi o primeiro-ministro dizer que a “a segurança é a primeira das prioridades” e o ministro Rui Pereira dizer que “o Estado não dialoga com criminosos”.
Só que o Ministério Público mandou libertar os três indivíduos que a polícia deteve durante a noite. Em que ficamos?
Gostei de ouvir Paulo Portas reafirmar a necessidade de julgamentos em 48 horas para os criminosos apanhados em flagrante e Paulo Rangel a exigir que a criminalidade urbana entre na agenda europeia.
Não gostei de ouvir Francisco Louçã lembrar apenas os que “foram enfiados em barracas de cimento”.
Quanto à abordagem da comunicação social ou dos governantes a esta situação em particular não tenho grande coisa a dizer pois, sinceramente, não tenho estado suficientemente atento nos últimos dias. Ainda assim acho que é de salientar que estes problemas não são de agora e não há partes com mais ou menos razão.
Importa perceber o que está por trás de todos estes conflitos. A mim parece-me que a "filosofia do gueto" é um dos grandes problemas. Não quero com isto culpar ninguém em particular mas sim todos em geral. O assunto é muito mais profundo do que uns tiros e umas pedras. A solução: uma "acção social radical organizada". Não são polícias de um lado e criminosos do outro, não são cidadãos do gueto de um lado e cidadãos de fora do gueto do outro.
Deixo algumas perguntas (se encontrar respostas aviso):
O que é uma "acção social radical organizada"? Será que pode melhorar a vida de cada um e de todos? Como se põe em prática?
... Ainda há um longo caminho até podermos dizer que somos uma sociedade civilizada.
É tudo verdade. mas, aqui, o problema é de criminalidade. Depois, serão a falta de referências, falta de esperança, etc. Mas não nos podemos esquecer de todos os outros (grande maioria do bairro) que vive em conformidade com a sociedade que os rodeia. Ab. LC
Jornalista desde 1988
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