Querido irmão Castro,
Agradece muito a todos as pessoas que se têm preocupado comigo e com a minha família.
Estou muito confuso. Não foi fácil mudar de casa em Bagdade e estou a tentar dar à minha família o conforto possível, como electricidade, por exemplo. A minha filha está a estudar para os exames. Quero minimizar-lhes o sofrimento.
Tenho meditado muito sobre o que fazer. Talvez arrisque sair novamente do Iraque e volte a tentar obter o estatuto de refugiado, mas, por agora, é melhor deixar que as crianças acabem o ano escolar. Sinto que estou a envelhecer rapidamente neste Iraque. Acredito em Deus e tenho a certeza de que Ele me irá indicar o caminho a seguir.
Li os comentários que os portugueses deixaram no teu blogue. São como que irmãos na Humanidade. É bom sentir que não estou sozinho e que há quem se preocupe comigo.
Agradeço-te, Castro, por tornares público o meu caso.
Dá um abraço a todos, por favor.
Voltarei a dar notícias logo que acabe de acomodar a minha família.
Bassim Shuaip