Acabara de arrancar um dente e os cinco pontos na gengiva causavam-me um grande desconforto. Como promessas são dívidas, fiz-me à estrada e subi até Penafiel para moderar um debate com os líderes e representantes das juventudes partidárias.
Organizada pelo Roteract Club de Penafiel, a noite teve uma plateia interessada, participativa e praticamente intacta do princípio ao fim. Dei por mim a pensar se algum político profissional conseguiria manter na sala tantos jovens durante duas horas e meia numa sexta-feira à noite. Duvido.
Abri recuperando palavras de Cavaco Silva quando nas comemorações de 25 de Abril de 2008 afirmou que os jovens não se interessam por política e que manifestam uma ignorância preocupante. Ninguém terá dito ao Presidente da República que, ao contrário do que acontece na Europa, os jovens portugueses aumentam o interesse pela política quando chegam aos 18 anos. Diria que os jovens se interessam por política, talvez não se interessem é por estes políticos.
Já a noite virava para a madrugada quando encerrei o debate.
Lembrei-lhes que devem encarar a juventude como um estado de alma e não como uma fase da vida.
Desafiei-os para que renovem os seus partidos e para que marquem a diferença se forem eleitos.
Deixei-lhes um pedido:
“Venham depressa. Nós precisamos de vocês!”
Luís Castro