Em dez dias, cinco mulheres foram assassinadas pelos companheiros.
É o quinto homicídio, em dez dias, de mulheres às mãos de homens com quem mantinham ou haviam mantido uma relação. Um número que eleva para 25 os assassínios no contexto da violência de género ocorridos no último ano. Apesar do número ser muito inferior ao do ano passado, - registaram-se 45 mortes -, o flagelo preocupa as autoridades e a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), que hoje apresenta um estudo sobre a violência contra as mulheres.
Recordo o que aqui escrevi em Fevereiro deste ano:
“O que me preocupa não é o grito dos maus. É, sim, o silêncio dos bons!” Há muito que guardo este pensamento de Martin Luther King, ao qual juntei uma declaração recente de José Luis Zapatero, o presidente do Governo Espanhol: "Qualquer cobarde que ouse levantar a mão para uma mulher deve saber que tem diante de si, não uma vítima indefesa, mas 40 milhões de espanhóis prontos a esbofeteá-lo!”
A violência não é força, mas fraqueza.
Seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.
Saber mais na notícia do JN:
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1428541
*** Mais logo responderei aos comentários do post anterior
Luís Castro
De
patti a 24 de Novembro de 2009
Não tenho palavras para os crimes de cobardia.
De
Azoth a 24 de Novembro de 2009
O mais drástico é quando elas próprias se tornam assassinas por não poderem suportar a violência a que são submetidas. Frutos dos tempos. Tudo de bom Luís
Obrigado e igualmente.
Bom fds.
LC
De RUI FERREIRA a 24 de Novembro de 2009
casos complicadissimos,esperemos que esta violência pare por aqui.
O que mais choca é saber que é normalissimo os casais de namorados andarem ,literalmente, á porrada.
Luís, anda tudo doido, até quando?
abraço meu caro.
Mais me admira qd gostam e insistem.
Quem me fizesse tal, teria imediatamente o meu afastamento físico e emocional.
Mas, também é verdade, há vidas complicadas que não permitem uma solução assim tão simples.
Ab.
LC
Em 2004 escrevi e foi editado um livro meu intitulado OS SENHORES DO MEDO em que para o escrever desci aos infernos da violência doméstica.
Entrevistei muitas mulheres e todos os casos lá apresentados são veridicos.
É inimaginável como o medo, a vergonha e a falta de apoio colocam uma mulher em perigo e a reduzem de um modo incrivelmente eficaz.
Entre bofetões e pontapés, beijos e juras de amor eterno, a mulher é uma vítima fácil.
Esta semana foi chocante pelo número de vítimas.
Há que levantar a voz e denunciar.
E ajudar aquelas que não têm força para o fazer.
Bjs
LC
Boa noite Luís Castro.
Já lá vai um longo tempo desde a última vez que comentei aqui (isto está com ar de confissão), e hoje passei para deixar um link de um texto, escrito com base num documentário da Al Jazheera, nomeado aos Emmy, e que me fez lembrar de si e de todos os jornalistas que andam em cenários de guerra.
http://makejetomosso.wordpress.com/2009/11/25/shooting-the-messenger/
Cumprimentos
Obrigado.
Vou ver.
Já tinha notado a ausência.
Ab.
LC
Luís Castro, diria que foi uma ausência técnica :)
Eu tinha subscrito o Feed RSS deste blogue e era sobretudo por aí que acompanha tudo. E lembro-me de você dizer que ia de férias. Coincidência ou não, nunca mais recebi o Feed deste blogue.
E já o tentei adicionar via Facebook :)
De Rafael Marcelino a 27 de Novembro de 2009
Olá Luis. Saudações.
Este tema é arrepiante na sociedade civil em que se prova que o seu desenvolvimento progressivo criou uma instabilidade incontrolável aliado ao Stress.
Muitas vezes estes casos estão ligados a cenas provocatórias de ambas as partes. Aqui é muito dificil os médias transmitir o coatidiano do casal, ao que os meios Nunca justificam os fins.
Mas as cenas (Infelizmente) vão continuar...não acredito na estabilidade, uma vez que a sociedade se transformou para pior no geral.
Vivem casais com filhos que se veêm apenas e só algumas horas por semana. Que querem?!
Nada disto seria necessário para se viver razoávelmente.Mas a ganância dos poderosos acolhidos por politicas incorrectas, deu nisto e noutros casos ainda piores como a Droga.
Este outro flagelo entre familias muitas vezes escondido por vergonha e esperanças de melhoras.
Os Meus Cumpts e saudações Patrioticas.
RM
Obrigado, Marcelino.
Ab e bom fds.
LC
O mais chocante é que nos namoros já vem sendo normal haver porrada entre o "casal".
Para onde caminhamos?
Mas entre os jovens, enfim.
Já nos mais velhos, isso é ainda mais inadmissível.
Ab.
LC
De Ana Albuquerque Almeida a 27 de Novembro de 2009
Olá Luís,
Fico sempre muito satisfeita por saber que tudo está bem com aqueles que estimo, mesmo quando não é pelos próprios.
Quanto ao tema deste teu post, por um lado temos leis muito brandas em relação aos agressores, por outro, a protecção e o apoio às vítimas de violência está ainda muito aquém do necessário, já nem digo do ideal. Isto contribui para que muitas nem sequer se atrevam a pensar em denunciar os ditos companheiros. Claro que há outros factores que inibem as vítimas, como por exemplo terem esperança de que um dia as coisas melhorem e/ou porque têm filhos e querem protegê-los, etc.
Só sei que este é um tema que me revolta muitíssimo, porque tento imaginar-me no lugar delas.
Se alguma vez ouviram falar de respeito, dignidade, amizade, etc., qual será a parte que este tipo de crápulas não percebe?
Bjs
Sim, estou bem e de regresso a Lisboa.
Bj
LC
De Lionce a 27 de Novembro de 2009
E quantos destes que aqui ja comentaram nunca deram porrada nas esposas , e porque nao nos maridos , Porque também existe !Abraço luis
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