



Durante o Euro2004, o telejornalismo foi patriótico e transformou-se numa máquina de produção ideológica. Pergunto: foi bom ou mau?
Cintra Torres, crítico de televisão, escreveu em A TV do Futebol - livro da minha amiga Felisbela Lopes -, que o jornalismo distanciado se apagou para dar lugar à propaganda. E passo a transcrever:
“Ao lado do logótipo da estação e da indicação ‘RTP1 Directo’, foi colocada uma bandeira nacional. Ao começar o Telejornal, o habitual travelling sobre o estúdio mostrava ecrãs de computadores desertos iluminados pela bandeira nacional em background, e mostrava também cachecóis e outros distintivos patrióticos não só nas mesas de trabalho como na própria mesa do apresentador do noticiário.” Volto a perguntar: e se acontecer novamente durante o Euro2008, será errado?
Mas tenho ainda mais três perguntas para vos fazer:
Aqueles jogadores dão-nos uma identidade nacional?
O que nos une mais do que o futebol?
Se a notícia tiver emoção, o jornalista deve esquecê-la?
Na verdade, o estádio é oval, a bola é redonda, mas a estupidez é quadrada.
E como não quero ser um coordenador quadrado, respondam-me, por favor.
Luís Castro
Coordenador do Telejornal da RTP
não é que seja contra ou a favor da nacionalização de jogadores brasileiros... afinal de contas sempre o fizemos com as colónias...
Portugal é o pais dos 3 F's, Futebol, Fado e Fátima, fora disto não vejo nada que nos una mais...
O jornalista deve ser isento ao máximo, não deixando nunca a seu toque especial na noticia.
o que eu acho que se esta a fazer a volta da selecção em Portugal não tem motivo de ser, para os emigrantes é uma festa porque raramente têm a oportunidade de estar com os jogadores, eu sei que já estive fora do pais, agora a fantochada que não tem outro nome, que se esta a fazer em Portugal a volta da selecção é simplesmente uma vergonha, só falta mesmo dizer a que horas o jogador A ou o jogador B foi a casa de banho... é que no meio do 25 directos que cada estação faz da suíça, e no meio de tanta informação repetida, só falta mesmo isso...
Oxalá não haja um desgosto, eu estou convencido que passamos a segunda fase, agora não estou tão convencido de chegar a final, dado que não nos podemos esquecer de selecções como Italia, França, Alemanha e nossa estimada Grécia....
João,
temo o pior.
Enquanto as outras selecções estão resguardadas, concentras e preparando os grandes momentos, a nossa já é louvada e glorificada antes de dar o primeiro pontapé na bola.
E a culpa é de todos nós, não esquecendo também a projecção que esses jogadores já conseguiram por actuarem em palcos internacionais pelos seus clubes.
Há que moderar.
Abraço
LC
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