porque o “tempo da notícia” não é igual ao “tempo da Justiça”.
A Justiça tem obrigação de saber que tudo o que é misterioso levanta suspeita e que, por tal, deveria municiar a imprensa com factos correctos e concretos para se sobrepor ao tribunal da Opinião Pública. Duvido que o tenha feito.
Não serei injusto se disser que a Justiça está cada vez mais preocupada em descobrir a culpa do que a inocência; que fazer a justiça esperar é injustiça.
E não me venham dizer que a verdade é como o azeite: que virá sempre ao de cima. Todos sabemos que uma mentira repetida muitas vezes acaba por se tornar na “verdade”.
Se Carlos Cruz é inocente ou culpado, ele o saberá melhor do que ninguém.
Já ouvi muitas e variadas opiniões.
Sim, porque não passam disso mesmo: opiniões.
Por mim, oito anos depois, continuo sem formular qualquer juizo.
Entendo que essa deve ser a atitude de um jornalista.
Não podia concordar mais mas estamos a falar de senso somum, onde os valores das pessoas falam mais alto sem terem em conta quem está a ser acusado, do quê, etc. É culpado e acabou! Mas não deveria ser assim, ninguém é dono da verdade porque se assim fosse, não precisaríamos de tribunais e juízes. Um amigo que é agente da judiciária, um dia disse-me, que os julgamentos são afectados pelo senso comum, afinal o juíz é um ser humano... Acho um erro pois o senso comum ataca a culpa e não exalta a inocência. Quanto a Carlos Cruz, também não tenho opinião formada. Um beijinho
Também não tenho opinião formada, mas a justiça que temos é a quem mata e rouba vai para casa com termo de identidade e residência. Esta é a justiça que permite, que políticos condenados por corrupção continuem a exercer cargos públicos. Esta é justiça que deixa de fora todos os que tem dinheiro para comprar a sua inocência. Esta é justiça que com base em escutas telefónicas ao Sr. Primeiro-ministro, detecta ilegalidades, mas como ele não era o alvo das escutas, manda destruir as mesmas. Esta é justiça que condena, a mãe da pequena Joana ( Leonor Cipriano), só porque é pobre, sem provas se esta viva ou morta, ela até pode ser culpada mas o casal McCann teve um tratamento bem diferenciado, as provas em ambos os casos são inexistentes. Muito sinceramente não sei, o que pensar se Carlos Cruz é ou não inocente, pelo que sei não existem provas concretas, nem escutas, apenas os testemunhos algo fantasiosos.
Olá Luis! Se a justiça não conseguiu ainda julgar este caso, quem sou eu para o fazer, vou dando o beneficio da dúvida. Agora que mexe muito comigo, mexe, tenho filhas menores de idade. bj mmoura
O homem que ficou conhecido pela apresentação do "123", que curiosamente - ironia, das ironias - foi preso no dia 1 do mês 2 de 2003. De 2003 para 2010 passaram muitos anos. Anos a mais se o arguido for culpado ( porque não está a pagar pelo crime), anos a mais caso seja inocente ( porque estão a roubar anos de vida ao homem). Uma coisa é certa, da fama já não se livra. mesmo que for considerado inocente vai haver sempre uma "nuvem" a assombra-lo. bj
Como tem sido quase norma nos últimos tempos chego um bocadito tarde a esta discussão que de discussão tem pouco tal a forma como está "embrulhada". É que aquilo que o Luís diz não podia estar mais acertado, daí que dificilmente alguém irá dizer o contrário. Apesar disso, há uma coisa que para mim não bate certo nest post e é precisamente o vídeo do Carlos Cruz que, sinceramente, ainda não vi mas já sei qual é o tema dado que a comunicação social deu algum destaque ao mesmo. Então se o Luís não tem opinião formada não acha que teria sido mais "sensato" ou justo falar do tema sem ilustrar com um documento que, supostamente, será favorável a uma das partes? É certo que estamos num blog pessoal mas se formos ao rigor então falta também um vídeo de alguém a falar deste problema na perspectiva das vítimas ou alegadas vitimas, se preferir, da pedofilia. Não digo que seja o seu caso mas o problema é que o Carlos Cruz por ser uma pessoa conhecida e muito querida no meio da comunicação social sempre teve um acesso muito mais facilitado aos media e pode divulgar a sua versão com muito mais facilidade que miúdos ou jovens adultos sem eira nem beira e isso para quem trabalha nesta área é uma coisa perfeitamente normal porque é assim com ele como é com outras pessoas mas não significa que por ser "normal" seja "justo". Resumindo, Luís, concordo a 200 por cento com o que disse mas pelos mesmos motivos, discordo que para ilustrar este caso ou a situação da Justiça em geral tenha ilustrado com a posição de uma das pessoas envolvidas mas também percebo porque este vídeo é o facto mais novo desta triste novela. Quanto aos juízos enquanto jornalista e não jornalista também tenho uma opinião um bocadinho diferente da sua. Eu acho que acima de tudo o jornalista não se deve deixar controlar pelo seu juízo pessoal sobre determinada matéria porque quer queiram, quer não, quando acompanhamos de perto uma matéria temos sempre uma opinião sobre ela e o segredo é que isso não influencie nem transpareça no nosso trabalho. Isto serve para quem acompanha e tem de trabalhar directamente com determinado caso, agora para os outros que como nós acompanhamos mais à distância eu acho que podemos não ter um juízo definitivo mas acabamos sempre por ter uma opinião ou uma tendência. Eu, apesar dos apesares ainda acredito um bocadinho na Justiça ou, pelo menos, no bom-senso de muita gente que trabalha na Justiça portanto depois deste caso já ter passado por tantos juízes, procuradores, tribunais e outros que tais, ficaria muito chocado se algum dos arguidos, pelo menos os mais sonantes, não fossem culpados do que os acusam e naturalmente condenados, embora saibamos que dificilmente cumprirão pena. É que isso era a prova cabal da total injustiça da nossa justiça porque ter alguém tanto tempo acusado de um crime, essa acusação ser confirmada por decisores diferentes e depois constatar-se que a pessoa tinha sofrido tudo isto inocente era gravíssimo. Como também não acredito em esquemas demasiado maquiavélicos ao jeito do cinema não estou a ver alguém permanecer tanto tempo nesta situação e depois do escrutínio de tanta gente, apenas porque alguém urdiu uma "estória" tão bem urdida que conseguiu convencer dezenas de pessoas que um inocente afinal cometeu crimes horrendos. Para mim, seria, repito, maquiavélico de mais mas se isso se provar serei dos primeiros a condenar a Justiça e a injustiça que se possa ter feito a estes senhores.
Ola senhor Luis encontro-me com a minha mãe aqui na sua casa abri logo o seu blog e ja nos fartamos de rir com o começamos a ler que o senhor esta a passar ferias em marte isso deve ser lindo ai de cima tambem tevimos a ver o novo titulo do seu novo livro a minha mae diz que aqui na Guarda nao encontramos nenhum livro dos seus no qual adoravamos ter este seu novo livro aqui ainda nao esta para a gente poder comprar pela net . espero que esteja tudo bem com voce e a sua familia espero vermos-nos em breve . Bjs da familia AMARO mas principalmente do meu pai.
Eu, continuo a pensar que foi uma cabala que montaram... MAS... tal como tu (como jornalista que és), prefiro esperar para ver no que dá... O que me "cheira", é que vai acabar por terminar tudo em "bem" para o Carlos Cruz, com uma forte indemnização que ele vai exigir ao estado. Mas, como também foi referido: "Se Carlos Cruz é inocente ou culpado, ele o saberá melhor do que ninguém."
Portanto... para aqueles que têm uma boa imagem do Carlos Cruz, poderá ser um choque se se vier a confirmar. Mas lá está... também pode ser mal julgado, ou não fosse a nossa justiça uma desgraça.
Jornalista desde 1988
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Editor Executivo de Informação (2008/2010)
Enviado especial:
20 guerras/situações de conflito
Outras:
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Protagonista do documentário "Em nome de Allah", da televisão Iraniana
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