Confesso: não consigo entender esta gente! Não os conheço, não sei os seus percursos de vida profissional, nem lhes adivinho as tendências clubísticas, se é que as têm.
Há muito tempo que deixei de me interessar por todos aqueles que não dignificam um desporto que tanto admiro. Nos jornais desportivos, só leio as notícias dos verdadeiros protagonistas e ignoro a futilidade. Não perco tempo com as tricas de quem se aproveita do futebol para ser conhecido ou tirar proveitos, mas hoje vou abrir uma excepção. Estou irritado!



Acabei de ouvir que se mantém o castigo a Pinto da Costa e a descida do Boavista e que o presidente do Conselho de Justiça da FPF foi suspenso pelos seus próprios conselheiros. Gonçalves Pereira, em directo no Jornal da Tarde da RTP, diz:
“Não há legitimidade”
“Inexistência jurídica”
“Não há qualquer deliberação tomada”
“A reunião acabou às 17h55”
Pelos vistos, os conselheiros, já sem o presidente e o seu vice, terão ido jantar e continuaram a reunião.
Não quero fazer juízos de valor. Não sei quem tem razão, mas ouso perguntar:
Que vergonha é esta?
Não acham que já chega de tanta polémica?
Quem põe mão nisto?
Queremos tirar férias desta gente!
Luís Castro
Enquanto amante do desporto há muito que deixei de ligar às chamadas notícias 'desportivas'. De facto os dirigentes têm em Portugal mais notoriedade que os atletas/artistas, especialmente no futebol.
Acho que os media têm alguma culpa no cartório pois já vimos que vale tudo na guerra das audiências.
O exemplo empolgante dos jogadores da selecção de rugby, esses sim uns verdadeiros herois do desporto nacional, regressaram ao anonimato depois do Mundial do ano passado.
É a história da pescadinha de rabo na boca. É o público que define o produto que consome ou os media que produzem o que é consumido? É possível redireccionar o gosto do público? É! E é fácil consegui-lo? Não! Mas como sempre acontece quando há inovação, quem iniciar um novo nicho de audiência será o seu líder. Fica o desafio para o coordenador do Telejornal.
(...)
Falei no rugby como poderia falar noutros desportos como o atletismo, onde o esforço individual pela evolução de perfomance merecia muito mais destaque nas notícias desportivas.
Já terminei três Maratonas completas e vivi cada uma delas com a emoção da superação de um objectivo de concretização exigente mas possível.
Joan Benoit Samuelson ganhou a primeira medalha de ouro olímpca da Maratona Feminina em 1984, diz que a Maratona é uma metafora da vida, e que se podem estabelecer muitos paralelos com a vida real. A luta pelos sonhos, o equilibrio entre a emoção a razão e as limitações físicas onde a confiança em si próprio é determinante, tudo isso se encontra na Maratona e na Vida.
Desculpem-me puxar o assunto um pouco para o lado, mas perante isto resta-me mudar de canal quando as guerras do futebol são notícia.
Paulo,
como te disse, não perco muito tempo com estas guerras, mas hoje irritei-me com mais esta polémica, independentemente de quem tem razão.
Sobre a Maratona, acredito no que escreves, embora nunca tenha praticado atletismo.
Fui federado em futebol, pratico BTT e ciclismo e gosto de ténis de mesa e de matrecos...
Ab.
LC
Paulo,
tens toda a razão.
Tento sempre que o desporto que passa no Telejornal não seja apenas o que tem bola...
Há muito mais que devemos mostrar, mas também sabemos que o futebol é o "desporto-rei"...
Nunca mais esquecerei aquele momento quando cantaram o hino.
E sabes que nessa altura mandei comprar essas imagens porque achei que eram momentos que deviam ficar na História e que poderiam servir de exemplo?
A RTP não tinha os direitos daquele mundial.
Ab.
LC
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