Tenho um pedido de desculpas a fazer-vos:
Nos últimos dias não consegui responder aos vossos comentários com a rapidez habitual, mas a minha vida não tem sido fácil.
Por tal, peço que compreendam.
Só ontem consegui ir ao cinema ver o “Quem quer ser bilionário?”.
Será um daqueles filmes que nunca mais esquecerei.
Ontem e hoje falei várias vezes com o “nosso” amigo Bassim.
Recordam-se do drama do meu guia sunita no Iraque?
Amanhã vou pedir a vossa ajuda e contar o que se passa.
Luís Castro
Acabo de assistir na SIC Notícias a uma intervenção brilhante do juiz desembargador Eurico Reis, com um não menos brilhante entrevistador, o Mário Crespo.
Eurico Reis começou por afirmar que o Bastonário da Ordem dos Advogados diz algumas mentiras mas também diz muitas verdades; o problema está na forma como Marinho Pinto comunica, o que faz com que nos percamos com o mensageiro e esqueçamos a mensagem.
Sobre o modo como as investigações são conduzidas e a forma como o Ministério Público está estruturado, o juiz é extremamente crítico. Ele diz que há muitos investigadores da PJ que nunca puseram os pés numa audiência e, por tal, não sabem como se desenrolam as audiências. Assim, continua Eurico Reis, as acusações são mal feitas e quando a acusação é confrontada com o princípio do contraditório realizado pela defesa, é o que se vê.
Quando questionado sobre as fugas de informação para a imprensa, o magistrado é ainda mais crítico. O juiz do tribunal da Relação não tem qualquer dúvida: as fugas pretendem condicionar o juiz na decisão que terá de tomar. Perante isto, pergunto eu: não é da PJ e do MP que vêm as tais fugas de informação?
Por último, Eurico Reis diz que a justiça que temos continua eivada de muitos resquícios que vêm ainda dos tempos da ditadura, defendendo uma urgentíssima reforma da justiça e dá alguns exemplos: um processo em investigação deveria ter segredo total – deixando a investigação para quem investiga –, e na acusação publicidade total, ou seja, que os jornalistas exijam a possibilidade de levar a totalidade do que se passa na sala do tribunal até aos cidadãos, de forma a que a sociedade também possa “julgar” os juízes e perceber que eles só podem decidir pelo que é provado, ou não, durante o julgamento.
Juiz Eurico Reis, o que acaba de fazer é um serviço ao país, à cidadania e à justiça!
Depois das sentenças dos últimos dias, o senhor fez-me voltar a ter esperança.
Obrigado por aqueles 22 minutos!
E vocês, o que dizem?
Luís Castro
Apetece-me soltar um palavrão!
Que país é este onde já não se pode usar roupa azul?
Eu sei o que fazia a esta gente!!!
“Um homem de 61 anos foi assassinado quando saía de uma estação de correios em Oeiras, por pelo menos dois indivíduos que se preparavam para assaltar o local, situado no Centro Comercial Nova Oeiras.
Os disparos ocorreram por volta das 15h20. Segundo um comerciante, que ouviu os disparos, pelo menos dois indivíduos preparavam-se para assaltar a estação quando o homem saiu do edifício. O homem vestia calças azuis escuras e camisa azul clara e , alegadamente, foi confundido por um agente da polícia pelos assaltantes, que fugiram depois dos disparos.”
Luís Castro
Cavaco Silva pede "decisões ponderadas para que do dinheiro dos contribuintes saia mais benefício do que custo".
"Em Portugal ainda se confunde custos com benefícios. Uma estrada é toda ela custos. O benefício é o trânsito que passará nela. Se não houver trânsito, não há benefício, é zero. O investimento de um empresário é custo, o benefício é a sua produção. Se não produzir nada, não ganha".
"Se uma fábrica não produzir, há um que ganha, o empreiteiro, e um que perde, o dono da fábrica. Se uma estrada não tiver trânsito, há um que ganha, o empreiteiro, e há um que perde, o português que paga impostos".
Luís Castro
O campeão de vendas de livros no Brasil diz que o mundo está a transformar-se num gigantesco hospital psiquiátrico.
Augusto Curry já ultrapossou a fasquia de um milhão e meio de livros desde que criou uma Academia de inteligência.
Curry é psiquiatra e explicou à RTP o que os pais estão a fazer mal na educação dos filhos.
Ver reportagem em:
Voltei da Guiné há oito dias. E que vejo?
– Mais uma vergonha na arbitragem.
O que se passou no jogo Sporting x Benfica foi mau demais.
– Nascimento Rodrigues a defender uma nomeação política para o cargo que ele
próprio ocupa há oito anos.
Foi assim que desempenhou a função?
– Ferreira Leite a pedir um “boy” do PSD para Provedor de Justiça.
E recusa alguém como Jorge Miranda?!
– Jerónimo a acusar – e bem! – PS e PSD de dividirem o país como uma
coutada.
– Mário Soares a criticar Durão Barroso.
Diz que com o português, “a Europa não vai a lado nenhum”.
Destaque para D. Januário Torgal Ferreira.
Ele ergueu a voz contra o Papa para dizer que proibir o preservativo é consentir muitas mortes. O Bispo das Forças Armadas criticou os conselheiros de Bento XVI, dizendo que “deviam ser mais cultos”.
Luís Castro
Das 7 idas à Guiné, nunca tinha visitado o Saltinho.
Desta vez guardei o último dia para dar um mergulho.
Quedas de água do rio Corubal.
O repórter de imagem Nuno Patrício e o motorista, o Bala!
Comprar cajú.
Cruzamento de Bambadinca
Almoço de ostras, em Quinhamel.
Jornalistas da RTP, SIC e RDP.
O Nuno, esse Ganda Maluco!!!
Durante o funeral do general asssassinado.
Luís Castro
Guiné-Bissau
Milhares de pessoas – mais por curiosidade – haviam saído às ruas de Bissau.
Nessa altura seguia ao lado da urna, quando dei por mim a reviver tudo o que ele me fizera passar onze anos antes.
No final, perdoei-lhe. Mas não esqueci!
Nunca falei pessoalmente com o presidente assassinado, mas as nossas vidas cruzaram-se em 1998, durante a guerra civil da Guiné-Bissau. Nessa altura tive de fugir do país após uma comunicação interceptada pela fragata portuguesa onde era dada ordem para me matar a mim e ao meu repórter de imagem. Dias antes já passara por três interrogatórios, um dos quais de arma apontada à cabeça.
Momento em que Nino Vieira se refugiou na embaixada portuguesa (1999)
Durante o funeral de Nino Vieira não vi uma lágrima dos filhos (terá 25 filhos) e gritos apenas os das “carpideiras”. Como alguém disse, que país era aquele que Nino Vieira pretendia construir onde o próprio não queria que os filhos vivessem?
Nenhum vivia na Guiné.
Luís Castro
Guiné-Bissau
*** Hoje começarei a responder aos vossos comentários.
Estou a entrar na delegação da RTP em Bissau quando oiço alguém gritar: “Conseguimos uma vitória! Conseguimos uma vitória!” Olho e vejo Malam Biao de braços aberto que vem na minha direcção para me dar um abraço. Malam é o professor muçulmano que combate as redes de tráfico de crianças na Guiné, umas são postas nas ruas a pedir, outras são escravizadas sexualmente.
Há uma semana, a RTP emitiu para todo o mundo uma reportagem com três meninas com idades entre os 11 e os 14 anos e que estiveram fechadas num quarto no Senegal durante oito anos! Violadas e escravizadas, os traficantes só as libertaram porque as meninas ficaram grávidas. O nosso trabalho mereceu os parabéns da agência Reuters e a atenção das autoridades guineeenses e internacionais.
O que o professor Malam me queria dizer era que a nossa reportagem fizera com que a Polícia Judiciária decidisse partir à procura de pelo menos um traficante, o que já raptou mais de sessenta crianças das tabancas do interior da Guiné. O caso vai para o Ministério Público e será enviado para o Senegal, onde se julga estar muitos dos traficantes de “Crianças Talibés”.
Luís Castro
Guiné-Bissau
Primeiro chocou-me, depois entendi.
E entendi porque o mundo virou as costas a este problema.
Há crianças que são usadas como traficantes e que acabam por se tornar toxicodependentes.
Em Quinhamel, a 40 kms de Bissau, o pastor Domingos Té ergueu praticamente sozinho um centro de recuperação. São milhares os toxicodependentes na Guiné, mas lá dentro só cabem 50. Não há medicamentos, não há assistência médica, não há leite e falta comida. Sobra pouco mais do que a vontade deste homem que insiste em não fechar os olhos a uma realidade cada vez mais dramática.
Os que são mais violentos ou que tentam fugir, os familiares pedem que sejam acorrentados. Dramático!
Luís Castro
***Tenho lido todos os vossos comentários, mas não consigo abrir o mail do blogue para responder. A Internet é muito fraca.
A todos responderei dentro de dois dias, quando voltar a Portugal.
Obrigado.