Confrontos no Sporting - Benfica, em juniores.
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http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=20&visual=9&tm=3
Luis Castro
As datas estão trocadas.
Primeiro deveriam ser as eleições autárquicas e só depois as legislativas.
Explico:
Nos dias e semanas seguintes às legislativas o debate será sobre os resultados,
para apontar os derrotados e encontrar os culpados,
louvar os vitoriosos,
saber quem vai formar governo e quem serão os ministros.
Mais ainda se PS e PSD ficarem próximos e se tornar possível ao segundo partido formar governo por coligação.
Vão rolar cabeças no PS ou no PSD.
Ferreira Leite ou José Sócrates deixarão de ser líderes,
irá discutir-se o futuro desses partidos,
aparecerão candidatos e serão marcados congressos extraordinários para quem perdeu. Só depois haverá espaço nas agendas mediáticas para as campanhas autárquicas.
Todos sabemos a importância das televisões em tempo de campanha eleitoral, sobretudo nas autárquicas. Por se tratar de assuntos mais localizados – normalmente excluídos dos media por não serem transversais e de interesse geral – essa é a grande oportunidade do debate político se fazer mais próximo dos eleitores.
Assim, as autárquicas serão atiradas para o meio ou final dos alinhamentos dos Telejornais. Nessa altura o tema será “esmagado” porque já se passaram vinte ou trinta minutos a discutir política nacional e as audiências não aguentam tanto massacre.
A disputa em Lisboa ocupará o espaço que sobejar.
Aos outros pouco restará.
Luís Castro
Fiquei deliciado com um dos sketches do último programa dos “Contemporâneos”, na RTP.
Decidi recuperá-lo, homenageando Michael Jackson e relembrando parte da letra.
Como dizia Emídio Rangel: É mortal!!!
“Mas assim que se soube do resultado eleitoral,
Voltaram os tipos do Compromisso Portugal.
Das tocas onde andavam escondidos,
Regressaram os barões e os validos.
Dos gabinetes dos conselhos de administração,
Com a s camisas abertas até ao terceiro botão,
Vieram todos reclamar o seu quinhão.
Ao Rangel já chamam irmão.
Não mostravam a fronha desde o santanismo,
Mas ei-los de volta cheiros de patriotismo.
Voltaram os Jotas,
Os Jotas, Yeah!!!
Voltaram o banqueiros e os empresários do PSD!!
Cabelinho à fosgaaaa-se!!
Fosga-se Yeah!!
Camisas às risquinhas e pullover, pullover!!!"
Os últimos estudos parecem apontar para uma viragem. “Isto já deu a volta” garantiu-me esta manhã um deputado do PSD, eufórico com mais estas duas polémicas à volta de Sócrates.
O PM está debaixo de fogo cerrado e o negócio da PT para comprar parte da TVI é mais um motivo para a oposição. Apesar de José Eduardo Moniz apoiar a entrada da PT na Media Capital à PT, paira a suspeita: quererá José Sócrates mudar a linha editoria da TVI? Vontade não lhe faltará, mas não acredito que seja o caso.
Está nas maõs de Cavaco Silva a machadada final em Sócrates. Se o Presidente marcar eleições legislativas e autárquicas em simultâneo, tudo indica que o PSD será beneficiado. Só assim se compreende que Ferreira Leite insista na simultaneidade. O argumento da poupança não colhe: Louçã garante que o que está em causa é o equivalente ao que a CM Lisboa gasta em iluminações de Natal e Bernardino Soares diz que “barato barato” seria não fazer eleições. Concordo com os dois.
Quanto à polémica do Provedor, tenho uma coisa a dizer aos senhores deputados:
vocês enervam-me! Já não tenho paciência para as vossas guerras intestinas!
Mais: quem se dá ao luxo de humilhar e deitar fora uma figura como Jorge Miranda, não merece o meu respeito político.
Luís Castro
Se um dia se colocar a questão,
devemos proibir o uso da burka em Portugal?
Sarkozy já disse que o uso daquele traje islâmico que cobre todo o corpo e rosto das mulheres “não é bem-vindo” em França.
A organização de direitos humanos Human Rights Watch considera que a interdição da burka “violará os direitos humanos” e “não trará a liberdade às mulheres”.
Uns entendem que não se trata de um símbolo religioso mas de um sinal de subserviência; outros dizem que a liberdade de exprimir a religião e a liberdade de consciência são direitos fundamentais.
O presidente francês promete levar até ao fim a sua vontade: “Não podemos aceitar, no nosso país, que haja mulheres prisioneiras atrás de uma rede, privadas de toda a vida social e da sua identidade”.
Deixo-vos o diálogo que tive com o meu guia afegão, nos dias que antecederam a queda do regime Talibã, em 2001, e que está no meu livro, o “Repórter de Guerra”.
- Ainudin, explica-me a razão para que as mulheres usem a burka?
- Elas não se incomodam.
- Mas vêem o mundo por uma rede.
- Já estão habituadas.
- Não me parece que seja uma explicação.
- São habituadas desde pequeninas. Quando crescem é como se já fizesse parte do corpo delas.
- Por muito que tente, não consigo encontrar explicação, nem para o facto dos homens as obrigarem nem para que elas se deixarem submeter a esta forma de tortura e humilhação. É inconcebível nos tempos de hoje.
- Estás enganado, Luís. Já te disse que elas não se importam.
- Não acredito que concordem!
- Não é que concordem ou deixem de concordar. Na nossa cultura há coisas que vocês, ocidentais, jamais vão compreender. Aqui, a mulher é inferior ao homem. É assim, sempre foi assim e ninguém vai mudar essa forma de pensar.
- Repara que isso também acontecia na Europa e agora já não acontece. A mulher emancipou-se e, actualmente, trabalha fora de casa e tem os mesmos direitos que o marido. Repartimos e partilhamos tarefas.
- Pronto, já nos conhecemos o suficiente para te dizer o que penso, mas fala baixo, porque ninguém me pode ouvir a dizer isto. Talvez ainda não tenhas notado, mas muitos destes homens que se sentam aqui nos sofás da recepção do hotel não passam de espiões, tentando ouvir as vossas conversas e controlando os vossos movimentos. Não é a vocês que eles chateiam, pois já sabem que não o podem fazer. Pressionam-nos a nós, os guias e tradutores, fazendo ameaças do género: “se os levares aos locais proibidos, a tua família é que vai sofrer as consequências.” Aqui há vários serviços secretos e cada um é pior do que o outro.
- Já percebi. Voltando às burkas, a tua mulher também usa?
- Não, não usa.
- Então, estás a desrespeitar a tua tradição!
- Não, repara, a burka é cultural, mas os Talibãs é que a tornaram obrigatória. Foi como voltar atrás no tempo. Por certo que já viste imagens deles a baterem nas mulheres por elas ousaram levantar um pedaço do tecido. São fundamentalistas e fizeram leis estúpidas, mas tens de olhar para o que foram estes últimos vinte e cinco anos. Seja como for, só assim é que eles acabaram com as guerras.
- E a tua mulher, o que usa?
- Usa o véu.
- Daqueles com que só se vê os olhos?
- Sim, é desses…
- Mas continuamos quase na mesma. Qual é o problema de eu ver a casa da tua mulher, diz-me?
- Não é nenhum. Como sei que tu és de confiança, até podia levar-te agora a minha casa e deixar que a visses destapada. Sei que não irias dizer a ninguém. Mas, por exemplo, se o fizesse com o Jamil (motorista), no dia seguinte ele contaria a toda a gente e seria uma vergonha para mim.
- Estou a compreender. Serias condenado socialmente.
- Social e religiosamente!
- Há quantos anos estás casado?
- Há seis anos
- E tens filhos?
- Sim, tenho dois.
- Como é que conheceste a tua mulher?
- Foi no dia do casamento.
- O quê?
- Só a vi no dia em que casei.
- Não acredito!
- É verdade. A minha mãe e a minha irmã mais velha decidiram que ela devia ser a minha futura mulher. É a nossa tradição. Eu disse-te: há coisas que vocês jamais irão entender.
- E és feliz?
- Sou.
- Ainda bem.
- Sabes, Luís, eu já tenho outra educação. Tirei o curso de advogado e trabalho como freelancer para a televisão de Quetta, mas são os tapetes e o ópio que me permitem sustentar a família.
Francisco Louçã quer ter maioria nas eleições legislativas e formar governo.
Ora aqui está um excelente tema para pedir a vossa opinião.
Como seria Portugal com Francisco Louçã a primeiro-ministro?
Ler e/ou ouvir a entrevista:
Luís Castro
Pasme-se: Maria de Lurdes está na dúvida…
A ministra da Educação pediu um parecer sobre o modelo de avaliação dos professores.
Quer saber se deve manter o regime simplificado de 2008/2009,
ou assumir o modelo original com as “alterações consideras necessárias”.
Nunca é tarde para assumir erros, mas irrita-me que perante esta “abertura forçada” os sindicatos insistam em cavalgar a onda.
E que tal se aproveitassem este passo atrás para, de uma vez por todas, caminhar para um ponto de convergência?
Ou será que não querem mesmo um modelo de avaliação?
Irra!
Luís Castro
Versão portuguesa:
http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Obama-matou-uma-mosca.rtp&headline=20&visual=9&tm=7&article=226878
Versão: "Obama, o Ninja!"
Não resisti.
Vou mesmo ter de escrever sobre Cristiano Ronaldo.
Apenas algumas questõe, até porque estou na régie e não há muito tempo.
O rapaz anda a divertir-se, não pode?
Os milhões da transferência de Cristiano Ronaldo são dinheiros públicos,
ou apenas as leis da oferta e da procura e um negócio entre duas empresas?
Não há orgulho por a “marca” mais valiosa do futebol mundial ser portuguesa?
Tanta polémica sobre os 94 milhões por Ronaldo e ninguém se indigna quando Vítor Constâncio diz que o BPN vai custar “menos de” mil milhões de euros aos nossos bolsos?
E os políticos, o que têm com isso?
Luís Castro