A reprimenda veio do carro que vinha logo atrás e no momento em que tirava esta fotografia para colocar no blogue. O motorista/candongueiro estava com pressa para passar e levava na Hiace, pelo menos, o dobro da lotação. Teria razão, não fosse o trânsito estar praticamente parado.
É verdade: está impossível circular de carro em Luanda! Pior ainda porque algumas ruas foram cortadas ao trânsito por estarem a ser alcatroadas. Esta é décima vez que venho a Angola desde 1991. Conheço, portanto, muito bem esta cidade e muitas das províncias angolanas e o que vos digo é que este país está em obras. Luanda está a mudar de dia para dia; as ruas estão mais limpas do que algumas de Lisboa; há mais polícias na rua do que na capital portuguesa; poucas ruas não têm uma agência bancária; há prédios e mais prédios a serem construídos; cada vez mais actividade comercial; menos pessoas a pedir para a “gasosa” e mais universidades a abrir. Noto, por isso, uma diferença substancial desde a última vez que cá vim, há pouco mais de um ano. É uma nova realidade.
Talvez nenhum país do mundo tenha tantas coisas a acontecer neste momento como Angola.
Estes serão alguns dos temas que vou começar a trabalhar a partir de amanhã, embora já tenha percebido que metade do dia é para filmar e a outra metade é para passar no meio dos engarrafamentos.
Luís Castro
*Vou tentar colocar um post todos os dias, roubando ao sono para que não prejudique a missão que me trouxe até cá.
Por Lisboa, não há trânsito engarrafado como esse mas há outras tantas coisas que andas a perder. Nomeadamente esta tua amiga em directo, durante uma hora, enquanto aguardava que os medalhados olímpicos fossem recebidos em êxtase pela populaça que foi ao aeroporto. Foi muito engraçado:desde uma vendedora de cachecóis que se lembrou de criticar tudo e todos ao meu microfone à mãe do Diogo Ganchinho que foi saltar trampolim, e que ninguém estava à espera que viesse no mesmo avião. Bem, foi um fartote televisivo, mas como se não bastasse logo a seguir tive de ir para a Quinta do Mocho: afinal sempre há reforço policial, com helicóptero e tudo!
Oh Sandra, deixe-me dizer-lhe que a vendedora de cachecóis, além de ter razão no que dizia, foi o ponto alto da noite. Fartei-me de rir. E se você não vai lá da segunda vez, em que ela quase lhe puxa o micro, olhe que não sei não ...
Já agora, quem era um senhor pequenininho e de óculos que dava pulinhos à roda do Nelsom Évora?
Jornalista desde 1988
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Enviado especial:
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"10 Anos de Microcrédito" - colaboração