Uma das coisas que me fascinam em África: poder olhar longe.
Por cá, sempre que se olha, há uma parede, uma porta, um prédio ou outra coisa qualquer à nossa frente que nos corta a profundidade.
Em Angola, como no resto do continente, conseguimos ver até à linha do horizonte.
E como gosto desta terra vermelha...
... e do cheiro quando chove.
Sinto que a minha alma se mistura com esta terra de barro vermelho.
O vermelho é a cor do sentimento, da paixão, do amor e do desejo.
Mas também da violência que os angolanos não querem mais; do poder de uma democracia que está a crescer e da agressividade contra os seus inimigos.
Esta terra vermelha, tal como o da bandeira do país, simboliza o sangue derramado pelos angolanos durante as lutas pela independência.
Agora é sobre ela que se faz a reconstrução do país.
Luís Castro em Angola