A polícia britânica está a investigar a morte de um jovem jogador de râguebi que optou pelo suicídio assistido numa clínica especializada, na Suíça, há cerca de um mês.
A decisão de Daniel James, de 23 anos, que ficou paraplégico depois de sofrer um acidente durante um treino, gerou grande polémica e atraiu a atenção dos principais meios de comunicação do país. O acto, que é considerado ilegal na Grã-Bretanha e na maioria dos países da União Europeia, é permitido pelas leis suíças, mas apenas em determinadas circunstâncias.
Segundo os investigadores, James é o mais jovem britânico a viajar para o exterior para cometer suicídio. Para os pais do jogador, a decisão trouxe "alívio" a James. "Nas actuais circunstâncias, o corpo representava uma prisão para ele", confessaram Julie e Mark.
James já havia tentado o suicídio várias vezes desde o acidente que o paralisou do tronco para baixo.
Luís Castro
*Reportagem está a ser preparada para o "Telejornal" que hoje começa às 19h.
Pode também ser vista à noite, no "À Noite, as Notícias", na RTPN.
* Mais logo respondo aos comentários do post anterior.
De
patti a 21 de Outubro de 2008
Acho que ninguém poderá comentar tal atitude e decisão. É daquelas vezes que me calo.
Eu imagino-me naquela situação e compreendo!
Eu também não queria viver assim nem obrigar que todos os que me rodeiam condicionassem as suas vidas poir minha causa.
Bjs
LC
Com muito respeito,eu idem
Não compete a ninguém, para além do mesmo, avaliar a opção de (não) vida que fez.
De
Fatima a 21 de Outubro de 2008
Esta é uma atitude que se percebe, mas que é muito difícil de compreender......
De Vânia Antunes a 21 de Outubro de 2008
É sem duvida uma questão muito delicada... Por muito bom que seja viver, existem situações em que não se vive, sobrevive-se!
Há 11 anos atrás um tumor na medula atirou-me também para uma cadeira de rodas. Na altura também pensei nisso mas felizmente optei por viver. Com limitações, angustias, descriminação, mas estou vivo! Compreendo totalmente a decisão que tomou esse jovem. Só quem passa por esta situação é que sabe do que falo. Abraço Luis.
Fernandes,
é isso!
Só quem passa por elas.
Grande abraço.
LC
De José Fernandes a 21 de Outubro de 2008
É uma atitude de enorme coragem.
Não consigo dizer mais nada.
Abraço
De Diogo Rodrigues a 21 de Outubro de 2008
Jogo Rugby e em alguns casos é um desporto bem violento, mas de forte união.
Não me consigo imaginar nesta situação estar agarrado a uma cadeira de rodas para sempre, acho que não conseguia querer fazer as coisas mais simples e simplesmente não dar.
Ou então ser invisual acho que não conseguia viver assim, desde este ano que que tenho uma professora de português que é invisual e vai para as aulas com o cão guia, passei a admirar muito mais estas pessoas pois ela é de Lisboa e foi destacada em Coimbra e está cá sozinha com o cão e é preciso ter uma enorme coragem para lidar com turmas grandes (29 alunos a minha) etc
E vir para uma cidade que não se conhece nada é preciso muita coragem
abraço
Diogo Rodrigues
Ajudem-no!
Ele benm merece, certamente!
E as aulas, estão a correr bem?
Ab
LC
De Diogo Rodrigues a 22 de Outubro de 2008
É um bocado estranho ter uma professora cega, mas é uma questão de habito, claro que se nota diferenças mas é praticamente a mesma coisa e cabe-nós a nós alunos saber estar com uma prof cega
abraço []
Que o ano te corra bem.
Ab.
LC
Peço desculpa.
Entrei com pelo blog da minha mulher.
Luís Castro
De Filipa Jardim a 21 de Outubro de 2008
É daquelas situações que nos sentimos impotentes sequer para comentar.
A minha simpatia vai para as pessoas com o Alberto Fernandes que são capazes de se sentar nas nuvens e voar apesar de tudo.
Fica a dúvida se de facto este jovem teve o acompanhamento necessário, que lhe poderia ter permitido fazer uma outra escolha.Isso penso que é importante, tentar dar a estas pessoas respostas e caminhos de alguma esperança.Independentemente depois das escolhas que são de cada um.
Bjs
Filipa
De Ana Cristina Brizida a 22 de Outubro de 2008
Luís,
Este é um assunto extremamente delicado porque mexe com muitos sentimentos, valores, religião, leis...
Existem pessoas que por doença ou acidente se vêem atiradas para uma cadeira de rodas ou para uma cama.
Umas escolhem viver e dar a volta por cima e conseguem de uma forma extraordinária e merecem toda a minha admiração e respeito pela coragem. Um beijinho muito grande para o Alberto Fernandes e muita força.
Outras gostariam de morrer, mas por motivos religiosos, por falta de coragem ou de oportunidade esperam pacientemente a morte e muitas vezes num enorme sofrimento.
A vida é feita de opções e se o Daniel James tomou a decisão de uma forma lúcida, escolheu morrer de uma forma digna e tranquila, há que respeitar. Felizmente contou com o apoio dos pais que num acto de amor proporcionaram-lhe essa última vontade.
Ao ver esta notícia no Telejornal lembrei-me do filme "Mar adentro" com o Javier Barden, onde chorei baba e ranho, e da polémica então gerada acerca do direito de escolhermos se querermos continuar a viver ou não.
Acho que os pais do Daniel não deveriam ser penalizados, pois eles não infringiram nenhuma lei em Inglaterra e tomando esta decisão
Para mim a VIDA é para ser vivida intensamente, com saúde e se assim não for... não vale a pena! Desde adolescente que penso desta maneira. Todos os meus familiares e amigos sabem que penso acerca deste assunto e se de repente eu me visse numa situação semelhante ... escolhia partir... não tenho dúvidas absolutamente nenhumas.
Bjs
Cris
Não vou comentar a atitude do Daniel.
Transportando esse problema para a minha vida, também eu “preso” a uma cadeira desde há mais de 11 anos, é verdade que o mundo cai sobre a nossa cabeça. Questionamos tudo e todos mas não encontramos respostas às nossas dúvidas.
De vital importância é o apoio e acompanhamento da família, amigos e profissionais de saúde para que nos mostrem que existem sempre alternativas.
Rapidamente e apesar do sofrimento inerente à condição de limitação de acabára de adquirir percebi que mais importante do que o facto de andar a pé é o ser feliz, seja que de forma for. Sem dúvida que prefiro ser feliz como sou, sentado na minha cadeira do que um ser andante infeliz e sem objectivos na vida.
Tudo depende das atitudes perante a vida e sobre as coisas que realmente importam.
Sou feliz assim, claro que gostaria de poder correr lado a lado com a minha filha, não o faço a correr mas faço-o a deslizar pelo asfalto. Se a sociedade não descriminasse as pessoas portadoras de deficiência como o faz em inúmeras situações, o fardo a transportar seria concerteza mais leve.
Cumprimentos a todos.
De Ana Cristina Brizida a 22 de Outubro de 2008
Caro Alberto,
Como eu escrevi, são opções de vida. O Alberto optou por continuar a viver e a lutar.
Ainda bem que é feliz ao lado da sua família, tem a minha produnda admiração.
Os primeiros a discriminar pessoas portadoras de deficiência são os sucessivos governos.
Bjs
Cris
É bem verdade!
Grande abraço, amigo!
Luís castro
Cris,
também penso o mesmo.
Bjs
LC
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