Domingo, 9 de Novembro de 2008
Bater nos filhos é crime
“Portugal é um dos 23 países do mundo onde os castigos corporais a crianças estão proibidos por lei.
Poucos pais saberão que, por exemplo, dar uma palmada a um filho é considerado crime.”
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=372021&tema=27
O assunto não é novo, mas o Jornal da Tarde relembrou-o hoje, à hora do almoço.
E rapidamente se tornou motivo de conversa à mesa, com piadas cruzadas entre nós.
Há anos que não dou uma palmada aos meus filhos, nem recordo a última vez que o fiz.
Mas todos – eu, a mãe e eles – reconhecemos que as poucas palmadas que receberam, foram no momento certo e que lhes fizeram bem.
Nunca na cara, nem nos braços. Apenas no rabiosque e quase e só para marcar o momento.
A verdade é que algumas destas “modernices” - como a referida no Jornal da Tarde - também contribuem para a falta de respeito dos mais novos para com instituições como a Família e a Escola.
Mas também convém recordar:
Luís Castro
Categorias: bater nos filhos é crime, sociedade
De filha do administrador a 10 de Novembro de 2008
não tem problema, também se pode matar os filhos e ser considerado vitima.
mas falando no meu caso, felizmente devo ter um filho que nunca precisou de levar uma estalada, uma palmada mais violenta (sem fralda).
a única vez (tem 7 anos) que lhe bati na fralda arrependi-me para o resto da vida, ele perguntou-me porque lhe estava a bater e porque não tinha conversado com ele...
não digo "nunca", mas sinceramente não quero voltar a cometer um erro desse tamanho. até hoje o que os livros de psicologia ensinam funcionaram em minha casa.
mas não digo que não fica de castigo, isso fica e várias vezes, sempre explicado e com data de fim programada.
mas falando no meu caso, felizmente devo ter um filho que nunca precisou de levar uma estalada, uma palmada mais violenta (sem fralda).
a única vez (tem 7 anos) que lhe bati na fralda arrependi-me para o resto da vida, ele perguntou-me porque lhe estava a bater e porque não tinha conversado com ele...
não digo "nunca", mas sinceramente não quero voltar a cometer um erro desse tamanho. até hoje o que os livros de psicologia ensinam funcionaram em minha casa.
mas não digo que não fica de castigo, isso fica e várias vezes, sempre explicado e com data de fim programada.
De Luís Castro a 10 de Novembro de 2008
Parece que tivemos sorte com os nossos filhos .
Mas há crianças que me tiram do sério!
Só não lhes dou umas palmados porque não são meus filhos.
Por certo, alguns dos pais também deviam levar uns açoites, pois os filhos são, em muito, fruto da educação que tiveram.
LC
Mas há crianças que me tiram do sério!
Só não lhes dou umas palmados porque não são meus filhos.
Por certo, alguns dos pais também deviam levar uns açoites, pois os filhos são, em muito, fruto da educação que tiveram.
LC
De A Simões a 10 de Novembro de 2008
Sou pai desde há trinta e cinco anos.
Os comentários aqui deixados geram na minha cabeça um carrocel de sentimentos bons e outros nem tanto, por aquilo que fiz para tornar os meus filhos em Homens.
Gostava de ter sido um pai sempre perfeito, mas sou apenas um humano.
Agora tento ser um Avô, também humano!
Os comentários aqui deixados geram na minha cabeça um carrocel de sentimentos bons e outros nem tanto, por aquilo que fiz para tornar os meus filhos em Homens.
Gostava de ter sido um pai sempre perfeito, mas sou apenas um humano.
Agora tento ser um Avô, também humano!
De Luís Castro a 10 de Novembro de 2008
Ninguém é perfeito.
O que interessa é que tenhamos dado o nosso melhor.
Ab.
LC
O que interessa é que tenhamos dado o nosso melhor.
Ab.
LC
De José Fernandes a 10 de Novembro de 2008
Olá Luís,
Educar uma criança é uma tarefa árdua e de uma enorme responsabilidade. A minha grande preocupação com os meus filhos (de 6 e 8 anos) é transmitir da maneira mais correcta os valores que eu considero fundamentais para a formação deles, como seja o respeito pela instituição família, pelos professores, pelos colegas, pela solidariedade com os outros, etc.
Mas algumas vezes para que as coisas corram bem é necessário recorrer à "palmadita", porque uma palmada é uma coisa muito diferente de violência com as crianças
.
Violento é mandar as crianças para o quarto (de preferência com televisão) em vez de ir jogar à bola ou ir andar de bicicleta para o jardim com elas quando elas estão aborrecidas.
Violento é em vez de ensinar as crianças a comer à mesa, ir jantar fora com os amigos e deixa-las em casa de familiares porque não se sabem comportar.
Violento é permitir que elas vejam certos programas de televisão.
Violento é não conversar com elas e depois comprar-lhes uma PSP ou PS3.
Enfim... Há tanta violência...
Um abraço
PS o teu Pedro está a ficar um homem (às vezes estou com ele no Dragão), não precisas de lhe dar mais palmadas ... ah ah ah
Educar uma criança é uma tarefa árdua e de uma enorme responsabilidade. A minha grande preocupação com os meus filhos (de 6 e 8 anos) é transmitir da maneira mais correcta os valores que eu considero fundamentais para a formação deles, como seja o respeito pela instituição família, pelos professores, pelos colegas, pela solidariedade com os outros, etc.
Mas algumas vezes para que as coisas corram bem é necessário recorrer à "palmadita", porque uma palmada é uma coisa muito diferente de violência com as crianças
.
Violento é mandar as crianças para o quarto (de preferência com televisão) em vez de ir jogar à bola ou ir andar de bicicleta para o jardim com elas quando elas estão aborrecidas.
Violento é em vez de ensinar as crianças a comer à mesa, ir jantar fora com os amigos e deixa-las em casa de familiares porque não se sabem comportar.
Violento é permitir que elas vejam certos programas de televisão.
Violento é não conversar com elas e depois comprar-lhes uma PSP ou PS3.
Enfim... Há tanta violência...
Um abraço
PS o teu Pedro está a ficar um homem (às vezes estou com ele no Dragão), não precisas de lhe dar mais palmadas ... ah ah ah
De Luís Castro a 10 de Novembro de 2008
Já não posso...
Ele está maior do que eu!
rs...rs...rs...
Ab.
LC
Ele está maior do que eu!
rs...rs...rs...
Ab.
LC
De Cristina a 10 de Novembro de 2008
Nunca pensei que uma palmada fosse uma coisa assim tão má... Levei algumas palmadas quando era mais nova e não tenho nenhum comportamento violento.
Nos dias que correm cada vez se vêm mais BIRRAS que se resolviam com uma simples palmada, já vi pais desesperados, mas os filhos é que mandam nos pais.
Acho que a pedopsiquiatra se estava a referir a casos de violência extrema, que os há, e que depois geram comportamentos extremos na idade adulta.
Lembro-me de um filme, que vi em tempos, de uma mãe de três filhos que estava animadamente a tirar fotos aos seus meninos. Acontece que os mesmos estavam em roupa interiror em cima da cama. O que não passou de uma brincadeira acabou por ser considerado abuso sexual de menores.... Se calhar a palmada passou a ser violência, e um dia destes temos os pais presos e os filhos a tomar conta da casa.
Nos dias que correm cada vez se vêm mais BIRRAS que se resolviam com uma simples palmada, já vi pais desesperados, mas os filhos é que mandam nos pais.
Acho que a pedopsiquiatra se estava a referir a casos de violência extrema, que os há, e que depois geram comportamentos extremos na idade adulta.
Lembro-me de um filme, que vi em tempos, de uma mãe de três filhos que estava animadamente a tirar fotos aos seus meninos. Acontece que os mesmos estavam em roupa interiror em cima da cama. O que não passou de uma brincadeira acabou por ser considerado abuso sexual de menores.... Se calhar a palmada passou a ser violência, e um dia destes temos os pais presos e os filhos a tomar conta da casa.
De Luís Castro a 10 de Novembro de 2008
Falta autoridade!!!
Em casa, na família, na escola....
Enfim.
Bjs
LC
Em casa, na família, na escola....
Enfim.
Bjs
LC
De feliciana.amaro a 10 de Novembro de 2008
OLÁ LUIS,
De Anónimo a 10 de Novembro de 2008
Embora não tenha filhos acho que é um direito, e até mesmo um dever, dos pais educarem os filhos. E escolherem a melhor forma de alcançar esse objectivo. Depende dos pais escolherem a melhor forma de lá chegarem.
Uma palmada?
Não acho que me tenha tramatizado. Lembro-me de ter passado a encarar o meu pai como uma referência para me ajudar a destrinçar o bem do mal.
Lembro-me de ter passado a valorizar mais os abraços que ele me dava.
É isso: mão que castiga também afaga. Pobres crianças que não as têm.
E que bom ver que a tua mulher e tu sabem educar os vossos filhos!
bj
Feliciana
Uma palmada?
Não acho que me tenha tramatizado. Lembro-me de ter passado a encarar o meu pai como uma referência para me ajudar a destrinçar o bem do mal.
Lembro-me de ter passado a valorizar mais os abraços que ele me dava.
É isso: mão que castiga também afaga. Pobres crianças que não as têm.
E que bom ver que a tua mulher e tu sabem educar os vossos filhos!
bj
Feliciana
De Luís Castro a 11 de Novembro de 2008
Obrigado.
Também me recordo dessas palmadas que levei e que bem me fizeram!
Bjs
LC
Também me recordo dessas palmadas que levei e que bem me fizeram!
Bjs
LC
De feliciana amaro a 10 de Novembro de 2008
Embora não tenha filhos acho que é um direito, e até mesmo um dever, dos pais educarem os filhos. E escolherem a melhor forma de alcançar esse objectivo. Depende dos pais escolherem a melhor forma de lá chegarem.
Uma palmada?
Não acho que me tenha tramatizado. Lembro-me de ter passado a encarar o meu pai como uma referência para me ajudar a destrinçar o bem do mal.
Lembro-me de ter passado a valorizar mais os abraços que ele me dava.
É isso: mão que castiga também afaga. Pobres crianças que não as têm.
E que bom ver que a tua mulher e tu sabem educar os vossos filhos!
bj
Feliciana
Uma palmada?
Não acho que me tenha tramatizado. Lembro-me de ter passado a encarar o meu pai como uma referência para me ajudar a destrinçar o bem do mal.
Lembro-me de ter passado a valorizar mais os abraços que ele me dava.
É isso: mão que castiga também afaga. Pobres crianças que não as têm.
E que bom ver que a tua mulher e tu sabem educar os vossos filhos!
bj
Feliciana
De E_ a 10 de Novembro de 2008
Eu acho que so se perdem as que caem pelo chão
De Luís Castro a 11 de Novembro de 2008
Se há coisa que me tira do sério numa criança é quando ela grita, guincha ou se espolinha no chão...
LC
LC
De Lopes a 10 de Novembro de 2008
Luis,
Há muito tempo que não fazia qualquer comentário mas hoje resolvi.
A Lei considera crime os castigos corporais a crianças, até aqui não temos dúvida. Agora eu pergunto. Qual é a Lei que protege os pais, é fácil ver por aí pais a queixarem-se dos filhos ou porque são agredidos, são maltratados, injuriados, etc...
Penso que neste campo a lei é omissa, eu sei que existe o Código Penal, eu sei que existe a possibilidade de apresentar queixa, eu sei que existe o apoio à vitima de crime, eu sei que existe... mas por vezes o pai ou a mãe têm que "engolir e calar" porque é o filho, aquele que estamos a criar com todo o carinho e amor.
Eu tenho uma filha (16 anos), de vez em quando as respostas são mais afiadas, eu não lhe bato, a minha solução é fazê-la ver que a resposta que deu, ou o acto que teve foi imprópria naquela hora e até aqui a coisa tem resultado.
Considero assim que o conversar é o melhor remédio.
Um abraço.
Lopes
Há muito tempo que não fazia qualquer comentário mas hoje resolvi.
A Lei considera crime os castigos corporais a crianças, até aqui não temos dúvida. Agora eu pergunto. Qual é a Lei que protege os pais, é fácil ver por aí pais a queixarem-se dos filhos ou porque são agredidos, são maltratados, injuriados, etc...
Penso que neste campo a lei é omissa, eu sei que existe o Código Penal, eu sei que existe a possibilidade de apresentar queixa, eu sei que existe o apoio à vitima de crime, eu sei que existe... mas por vezes o pai ou a mãe têm que "engolir e calar" porque é o filho, aquele que estamos a criar com todo o carinho e amor.
Eu tenho uma filha (16 anos), de vez em quando as respostas são mais afiadas, eu não lhe bato, a minha solução é fazê-la ver que a resposta que deu, ou o acto que teve foi imprópria naquela hora e até aqui a coisa tem resultado.
Considero assim que o conversar é o melhor remédio.
Um abraço.
Lopes
De Luís Castro a 11 de Novembro de 2008
Lopes,
o problema é quando as palavras já não chegam e os filhos se viiram fisicamente contra os pais.
Ab.
LC
o problema é quando as palavras já não chegam e os filhos se viiram fisicamente contra os pais.
Ab.
LC
De patti a 10 de Novembro de 2008
Olá Luís,
Também não me lembro quando dei uma 'palmeta' no rabo da Beatriz, ou no máximo duas.
Tudo se resolve com conversas e se for necessário um castigo que os prive de algo de que gostam, como a televisão, o computador ou um cinema com os amigos.
Bater por sistema é recurso de quem não tem argumentos à altura de uma criança, a não sabe impor a sua vontade a não ser pela força física.
Também não me lembro quando dei uma 'palmeta' no rabo da Beatriz, ou no máximo duas.
Tudo se resolve com conversas e se for necessário um castigo que os prive de algo de que gostam, como a televisão, o computador ou um cinema com os amigos.
Bater por sistema é recurso de quem não tem argumentos à altura de uma criança, a não sabe impor a sua vontade a não ser pela força física.
De Luís Castro a 11 de Novembro de 2008
Também fui recorrendo - muito poucas vezes, de resto - aos pequenos castigos sobre coisas que eles gostam e das quais ficam privados, embora não tenha coragem para os fazer durar muito tempo.
Bjs
LC
Bjs
LC
De Fatima a 10 de Novembro de 2008
Luís também acho que uma palmada no momento certo, ajuda a crescer e a aprender a respeitar.
Os meus filhos já são adultos, mas orgulho-me de ter dois seres humanos fantásticos, com uma formação e educação excelentes.
A tal palmada na hora certa, não é para mim violência.
Eles sabiam que se a levavam é porque a mereciam. É bom dizer que cada um poderá ter levado ao todo umas 3 ou 4 palmaditas no rabiosque...!
Um abraço
Os meus filhos já são adultos, mas orgulho-me de ter dois seres humanos fantásticos, com uma formação e educação excelentes.
A tal palmada na hora certa, não é para mim violência.
Eles sabiam que se a levavam é porque a mereciam. É bom dizer que cada um poderá ter levado ao todo umas 3 ou 4 palmaditas no rabiosque...!
Um abraço
De Filipa Jardim a 10 de Novembro de 2008
Olá Luís,
Hoje por acaso, vinha no carro a ouvir rádio e o programa era sobre a super protecção das crianças...parece que agora os Psicólogos estão a chegar à conclusão que essa ideia de proteger as crianças de todos os traumas afinal não é boa ideia e gera adultos que não sabem lidar com as dificuldades. Uma vez que é a partir das dificuldades, dos desgostos, das coisas dificeis, que se cresce.
Acho que isto também é aplicável à educação.
Ninguém gosta de dar uma palmada, como ninguém gosta de apanhar uma palmada. São sempre de evitar, mas às vezes é preciso conter as crianças e fazer-lhes ver os limites.Claro que é melhor conversar. Mas lembro-me de uma birra em particular da minha filha, nessa altura pequena, com três anos, roxa de fúria, esparramada no meio do chão, que teve que ser contida e não havia condições de diálogo...porque ela já quase não respirava de tanto choro e tanta fúria...nem sei como começou a birra...acho que nem ela. Quem não passou por isto, na idade das birras?Será que é melhor deixá-los descontrolarem-se totalmente como alguns pais fazem a ponto de já nem saberem porque estão a chorar?
Estas são as sacudidelas de rabo saudáveis...mais que isto também não concordo.
Bjs,
Filipa
Hoje por acaso, vinha no carro a ouvir rádio e o programa era sobre a super protecção das crianças...parece que agora os Psicólogos estão a chegar à conclusão que essa ideia de proteger as crianças de todos os traumas afinal não é boa ideia e gera adultos que não sabem lidar com as dificuldades. Uma vez que é a partir das dificuldades, dos desgostos, das coisas dificeis, que se cresce.
Acho que isto também é aplicável à educação.
Ninguém gosta de dar uma palmada, como ninguém gosta de apanhar uma palmada. São sempre de evitar, mas às vezes é preciso conter as crianças e fazer-lhes ver os limites.Claro que é melhor conversar. Mas lembro-me de uma birra em particular da minha filha, nessa altura pequena, com três anos, roxa de fúria, esparramada no meio do chão, que teve que ser contida e não havia condições de diálogo...porque ela já quase não respirava de tanto choro e tanta fúria...nem sei como começou a birra...acho que nem ela. Quem não passou por isto, na idade das birras?Será que é melhor deixá-los descontrolarem-se totalmente como alguns pais fazem a ponto de já nem saberem porque estão a chorar?
Estas são as sacudidelas de rabo saudáveis...mais que isto também não concordo.
Bjs,
Filipa
Perfil
Jornalista desde 1988
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RDP/Antena 1
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RTP:
Editor de Política, Economia e Internacional na RTP-Porto (2001/2002)
Coordenador do "Bom-Dia Portugal" (2002/2004)
Coordenador do "Telejornal" (2004/2008)
Editor Executivo de Informação (2008/2010)
Enviado especial:
20 guerras/situações de conflito
Outras:
Formador em cursos relacionados com jornalismo de guerra e com forças especiais
Protagonista do documentário "Em nome de Allah", da televisão Iraniana
ONG "Missão Infinita" - Presidente
Obras publicadas:
"Repórter de Guerra" - autor
"Por que Adoptámos Maddie" - autor
"Curtas Letragens" - co-autor
"Os Dias de Bagdade" - colaboração
"Sonhos Que o Vento Levou" - colaboração
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