De umcasoraro a 12 de Novembro de 2008
Olá Luís,
Estes temas são muito mais complexos do que parecem, uma criança que sofre o que esta criança já sofreu e que passa por esta vida rodeada de medicamentos, operações, recuperações, tratamentos e tantas idas e vindas de hospitais provavelmente não terá amaturidade de uma criança de 13 anos, mas sim de uma pessoa adulta.
Ainda por cima, o transplante só lhe vai dar mais algum tempo de vida, não a vai salvar, nem curar...
Para se poder entender estas coisas tem que se passar por elas.
Quanto à Fernanda Serrano é uma história de luta e de vontade como tantas outras que há pelo país fora.
Espero que sirva mais para motivar quem passa pelo mesmo do que para vender revistas!!
Um beijo,
Ju
Ju,
também espero que sim, embora não acredite que não haverá quem se aproveite.
Sobre a menina, sou dos que tentam compreender o que lhe irá na alma.
Ab.
LC
De Ilda a 12 de Novembro de 2008
Olá Luís!
Sobre a menina é preciso ter-se muita lucidez e coragem para tomar esta decisão e vindo ela de uma criança é impressionante!
Quanto à Fernanda Serrano é preciso que muitas mais pessoas "mediáticas" tomem esta atitude para que não continuem pessoas a morrer de cancro por medo de encarar a doença. O medo é o principal aliado desta terrível doença porque muitos deles seriam curáveis se detectados a tempo. A minha única irmã faleceu há 12 anos com 45 de idade porque não conseguiu pôr no prato da balança o medo ou a verdade e ainda ir a tempo de se curar. Quando foi ao médico e empurrada por uma amiga da família a quem ela acabou por contar (guardou segredo de todos até não ser possível mais) foi tarde demais. Faleceu cinco meses depois de cancro da mama.
Todas estas intervenções nunca serão demais e por isso peço a todas as figuras públicas que tenham a mesma coragem que a Fernanda Serrano, porque quem sabe, não poderão a ajudara salvar umas quantas vidas. Até só uma que fosse já era estupendo.
Um beijo.
Isso: coragem!
De nada serve esconder.
Beijos e obrigado pelo seu testemunho.
LC
De
patti a 12 de Novembro de 2008
Olá Luís,
Não consigo ver a reportagaem da menina.
Qt à da Fernanda, mulher corajosa que como figura pública pode fazer chegar uma mensagem a todas as mulheres que não fazem o rastreio mensal.
Fui avisado de que haverá um problema com o link.
~Vou ver.
Obrigado.
Bjs
LC
Olá Luis,
em relação à menina ao mesmo tempo que acho admirável tamanha coragem, faço uma pergunta... terá uma criança, porque ela não é mais do que isso, uma criança, o descernimento necessário para tomar esta decisão? Entende-se que esteja cansada de sofrer e queira pôr termo a isso, mas não lutar?Se bem entendi, o transplante pode ter ou não sucesso, na dúvida, não vale a pena lutar?
Bjo
Sónia,
13 anos de sofrimento que deverá corresponder a duas ou três vez mais em maturidade, calculo.
Bjs
LC
É possivel, mas continuo como mãe a achar que não admitiria desistir e, possivelmente, estaria até a ser egoista, e, possivelmente (passo a redundância), acabaria até por aceitar respeitando a vontade da minha filha... não sei, é uma situação muito complicada...
Talvez essa seja a atitude dos pais: lutar pela dignidade da filha...
Não sei.
Bjs
LC
De joao luis silva a 12 de Novembro de 2008
Olá luis:
Luta-se para viver e luta-se para morrer,e devemos deixar que cada um lute á sua maneira .
Muito bem dito e resumido, sim senhor!
Concordo em absoluto.
Ab.
LC
De
MEBento a 12 de Novembro de 2008
Luís
Boa noite. Confesso que esta notícia da jovem de 13 anos, decidida a baixar os braços, a não lutar mais, a não sofrer mais, deu cabo do meu dia. Via-a na Televisão e olho as suas fotos na Net ou nos jornais e, se por um lado a compreendo, por outro -embora não tenha o direito de a julgar- acho, penso, talvez devesse lutar até ao fim das possibilidades. Quem já sofreu tanto deveria "programar-se" para dar outra oportunidade à vida. Sinto uma tristeza tão grande que olho para a foto da mãe e da filha e, confesso, fico, sem capacidade de raciocínio. Que Deus a ajude, seja lá no que for e como for.
Um abraço
MEB
* Sobre a Fernanda Serrano acho que a sua luta é um exemplo positivo e ajudará muitas mulheres que enfrentam idêntico problema e comungam das mesmas esperanças.
MEB
BGento,
a notícia também foi um choque para mim.
Mas depois tentei colocar-me no lugar dela e dos pais e consegui encontrar alguma recionalidade na decisão...
Ab.
LC
De
MEBento a 12 de Novembro de 2008
Luís
Desculpe o regresso mas esqueci-me de partilhar uma coisa que me entontece. Como é possível adultos darem a uma criança um passaporte válido, sustentado judicialmente, para a morte "limpa" de uma jovem de 13 anos?
MEB
Eles estão na posse de dados que desconhecemos.
Talvez por isso, não sei...
Ab.
LC
De Filipa Jardim a 13 de Novembro de 2008
Luís,
O pai de um amigo meu foi transplantado ao coração. Viveu depois disso 16 anos de uma vida normal.A única restrição que tinha era ter que tomar a medicação para que não se desse a rejeição do órgão transplantado.
Fez uma vida normal, Conduzia, passava férias, estava com a família e os amigos.
Como ele próprio dizia, nunca se tinha sentido tão bem, como depois do transplante.
Bjs,
Filipa
Sim,
mas ao que parece este caso é diferente.
Não conhecemos todo o processo clínico.
Bjs
LC
Luis
Estes 2 casos tocam-me particularmente devido ao meu processo de cirurgias e novas enfermidades ao longo dos últimos 10 anos.
Tenho acompanhado nos hospitais civis, situações idênticas às da menina e da Fernanda Serrano e cada caso é um caso, dependendo de quem as acompanha e da familia.
Sei o que elas sentiram na hora em que o médico diz:
- A medicina nada mais pode fazer. Só nos resta esperar pela resposta do organismo.
Há momentos em que mesmo a pessoa mais optimista se vai abaixo e não aguenta mais o sofrimento, fisico e psicologico.
Desejo que a familia da menina a ajude a tomar a opção certa e à Fernanda Serrano desejo que continue a pensar positivo e que se apoie na família maravilhosa que tem.
É obvio que a Fernanda é uma figura pública e muito querida dos Portugueses e isso faz com que alguma imprensa (menos sensivel) se aproveite da situação de sofrimento para ganhar dinheiro. Trabalhei com a imprensa escrita durante 14 anos "Electroliber" e sei que a especulação e o escandalo vende muito.
beijinhos
De Ana Paula Albuquerque Almeida a 13 de Novembro de 2008
Na qualidade de mãe de uma criança de 11 anos, há uma certeza que tenho. Seria eu a decidir e, num caso destes, pela solução que os médicos me apresentassem. Enquanto não se esgotassem todas as hipóteses, não permitiria que o meu filho abdicasse da vida dele. E não estou a ser egoísta, tenho é a certeza de que por muita maturidade que ele ou outras crianças tenham, estão em crescimento a todos os níveis, nomeadamente o da consciência. Terá esta menina consciência de que a morte é definitiva? Terá consciência de que deve arriscar, nem que seja sofrendo um pouco mais para viver?
Sou a favor da eutanásia em casos de doença terminal e, como tal, defendo a liberdade de escolha. Não é o caso desta menina. Ainda há esperança para ela, pelo que louvo a atitude dos médicos que não mais fizeram do que exercer uma das funções fundamentais da profissão.
Também concordo com a eutanásia em fases terminais.
Bjs
LC
Comentar post