"A Polícia Judiciária, no âmbito de uma investigação particularmente grave, pretende obter informações sobre a identidade do indivíduo que consta nestas imagens."
"Trata-se de um indivíduo que terá uma idade compreendida entre os 25 e os 30 anos, medindo cerca de 1,65 m de altura, de cabelo quase rapado, rosto oval, olhos escuros e grandes, lábios grossos, que falará Português, mas com um sotaque nitidamente Africano."
"Vestia, na altura dos factos, umas calças de ganga e uma camisola azul, com os números 1970 inscritos em cor branca na parte da frente."
"Assim, solicita-se a colaboração de quem o possa identificar para entrar em contacto com esta Polícia através dos números de telefone:
Piquete da PJ- 218641222
2ªSecção da D.L.-218641036"
*** Podem levar para os vossos blogs, se assim o entenderem.
Olá, Luís!
Como ainda ninguém comentou, decidi eu abrir o debate. Regularmente, surgem estes pedidos de ajuda oficiais por parte das autoridades policiais aos órgãos de comunicação social. Já vi colegas manifestarem-se contra, por considerarem que, de alguma forma, estão a servir-se de nós, e muitas vezes, quando nós precisamos, não nos ajudam. Gostaria de saber qual é a tua opinião.
Bjs,
Fátima Mariano
Fátima,
quando está em causa a ordem pública, não me causa qualquer dúvida.
Bjs
LC
De Anónimo a 21 de Novembro de 2008
Parece-me louvável que a PJ recorra aos media para identificar suspeitos, encontrar tetesmunhas-chave, resolver crimes e zelar pela segurança interna do país. Mostra espírito de cooperação, iniciativa e humildade. No entanto, levanta-me uma dúvida que se prende com o direito à Imagem dos cidadãos.
Nestas imagens captadas por equipamentos de videovigilância do Metropolitano de Lisboa, há muitos rostos que são passíveis de identificação. Assim sendo, a divulgação da identidade de terceiros nestes vídeos não constitui uma violação dos seus direitos à imagem e à intimidade? Direitos que de resto estão consagrados na Constituição da República Portuguesa...
Em relação ao papel dos Media perante apelos deste género ... não deveriam estes preservar a imagem destes cidadãos desfocando os seus rostos?
Abraço, jms
E foi o que aconteceu com as imagens divulgadas no Telejornal.
Fiz questão de criar uma máscara sobre os restantes.
Aqui não o consegui fazer, mas mesmo assim arrisquei por nºão serem demasiado evidentes.
Sem querer quebrar a confidencialidade da conversa que tive com alguém da PJ, o assunto foi por mim abordado.
LC
Certamente que se o vir mandarei ele fugir para ainda mais longe...
Atenção:
a PJ não adianta se ele é suspeito do tal crime grave, ou se apenas o terá testemunhado.
LC
De Ricardo martins a 21 de Novembro de 2008
Vi referência a esta notícia no telejornal, contudo não encontro informação sobre esse pedido noutras fontes (tipo site PJ)..
Este pedido foi resultante do despacho de um juiz.
LC
De Ana Paula Albuquerque Almeida a 22 de Novembro de 2008
Olá Luís,
Com alguma ironia, este pedido faz-me lembrar, um pouco, os cartazes do Far West , à excepção do Dead or Alive " e do montante que aqui não é pedido.
Como referes, embora a polícia o procure no âmbito de uma investigação grave, por enquanto, não é acusado de nada.
Nas imagens não se vê que o indivíduo esteja em incumprimento da lei.
A questão que coloco é, até que ponto a divulgação da imagem de alguém que, para já, não é acusado de ter cometido nenhuma ilegalidade, não estará a pôr em causa o bom nome e a privacidade desta pessoa?
Outra questão que aqui coloco é que, infelizmente, ainda vivemos num mundo onde aspectos como a cor, a etnia, a crença, etc., rotulam imediatamente alguém. Não será, por isso, também perigoso para quem está na imagem?
Bem sei que não há fórmulas perfeitas mas este método parece-me não ser o mais indicado para colaborar com as autoridades, a menos que estivesse em flagrante delito.
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Olá Luís, <BR><BR>Com alguma ironia, este pedido faz-me lembrar, um pouco, os cartazes do Far West , à excepção do Dead or Alive " e do montante que aqui não é pedido. <BR>Como referes, embora a polícia o procure no âmbito de uma investigação grave, por enquanto, não é acusado de nada. <BR>Nas imagens não se vê que o indivíduo esteja em incumprimento da lei. <BR>A questão que coloco é, até que ponto a divulgação da imagem de alguém que, para já, não é acusado de ter cometido nenhuma ilegalidade, não estará a pôr em causa o bom nome e a privacidade desta pessoa? <BR>Outra questão que aqui coloco é que, infelizmente, ainda vivemos num mundo onde aspectos como a cor, a etnia, a crença, etc., rotulam imediatamente alguém. Não será, por isso, também perigoso para quem está na imagem? <BR>Bem sei que não há fórmulas perfeitas mas este método parece-me não ser o mais indicado para colaborar com as autoridades, a menos que estivesse em flagrante delito. <BR><BR class=incorrect name="incorrect" <a>Bjs</A> <BR><BR><BR><BR><BR><BR>
De Ana Paula Albuquerque Almeida a 22 de Novembro de 2008
Outra vez! O que é que estarei a fazer de errado?
Acredito que o despacho do juiz terá uma razão de ser.
Acho que é mesmo um crime grave.
Se é para ajudar, julgo que o devemos fazer.
Ab.
LC
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