Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2008

Como é possível?

Não entendo esta Justiça!

A Justiça que em seis anos não foi capaz de decidir, decide agora que a criança é consciente do seu drama

 

Esta menina, quando tiver 18 anos, devia meter o Estado em tribunal!

E quando falo do Estado, falo de todos os que insistem em decidir-lhe um futuro que ela não quer.

Por toda a razão que possa assistir ao pai biológico, primeiro está o superior interesse da criança.

Hoje, a menina de Torres Novas, recusou-se a sair do carro...

 

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=378772&tema=27

 

Luís Castro

publicado por Luís Castro às 20:32
link do post | comentar
68 comentários:
De Luís Castro a 22 de Dezembro de 2008
Paulo,
é, sem dúvida, um dos comentários que me fizeram pensar antes responder.
E explico - não sei se o deva revelar, mas espero que da minha redacção ninguém me leve a mal:
Chamei a atenção de todos os meus colegas (coordenadores, editores e jornalistas) logo no início, quando o caso se tornou mediático. E chamei a atenção para o facto de não nos deixarmos envolver emocionalmente, fazendo, numa das reuniões de alinhamento do Telejornal, uma leitura objectiva sobre a atitude que o pai biológico assumira desde que teve certeza de que a menina era realmente sua filha. Nessa altura já toda a opinião pública vociferava contra ele por só então se interessar pela filha, teria ela quatro anos de idade, o que estava errado.
Mas, como jornalista, trabalho sobre factos. O Telejornal relembrou então os passos que o pai biológico tivera até aí, para que os públicos tivessem todos os dados e para poderem estar totalmente informados.
Sou o "pai" do livro escrito pelas jornalistas Rita Marrafa de Carvalho e Margarida Neves de Sousa.
Tive, ao longo de todo este tempo, uma atitude muito cuidadosa e atenta sobre o caso.
E, repito, como trabalho sobre factos, para mim há um que se tornou importantíssimo para que eu tenha esta opinião: o superior interesse da criança.
Se a Justiça tivesse actuado na altura em que o deveria ter feito, a menina nesta altura estaria a viver com o pai biológico. Não o fez e a menina agora é consciente do seu drama.
Será que a Justiça nesta altura deverá ser cega?
Acho que não!
Agora a menina, com quase sete anos, deve ser arrancada ao seu mundo para ser devolvida a outro que ela não quer?
Não sou especialista nestas situações, mas sou pai, e parece-me de uma violência tremenda.
Se eu tivesse que decidir sobre este caso, não tenho qualquer dúvida: ela ficaria com os pais que a criaram ao longo deste anos, independentemente de todas as asneiras que fizeram e obrigaria o Estado a assumir todas as suas responsabilidade pela forma como não actuou!
Mais:
não posso concordar com esta atitude do tribunal e dos pais de que sejam divulgados todos os passos de ora entrega a um, ora entrega a outro.
Novamente os adultos a portarem-se como prefeitos manipuladores.
Todos!
Ab e Bom Natal.
LC
De Licinio Oliveira a 23 de Dezembro de 2008
Caro Luis, num estado de direito (apesar de as vezes nao parecer) o dito "o superior interesse da criança" deve ser dito LEGITIMO superior interesse da criança. Em qualquer outro caso neste pais a criança teria sido retirada ao casal e entregue à guarda do estado e dai seria encaminhada por decisao do tribunal para onde este achasse do superior interesse da criança e este sim seria legitimo. Nunca em caso algum, a partir do momento em que o caso chega as autoridades, a crinça pode permanecer a guarda do casal. ( alias so esteve porque este agiu de forma criminosa, como alias ficou ja provado e transitado em julgado).
De Luís Castro a 23 de Dezembro de 2008
Não diria criminosa, antes ilegal.
Ab e Bom Natal.
LC

Comentar post

Perfil

Jornalista desde 1988
- 8 anos em Rádio:
Rádio Lajes (Açores)
Rádio Nova (Porto)
Rádio Renascença
RDP/Antena 1

- Colaborações em Rádio:
Voz da América
Voz da Alemanha
BBC Rádio
Rádio Caracol (Colômbia)
Diversas - Brasil e na Argentina

- Colaborações Imprensa:
Expresso
Agência Lusa
Revistas diversas
Artigos de Opinião

RTP:
Editor de Política, Economia e Internacional na RTP-Porto (2001/2002)
Coordenador do "Bom-Dia Portugal" (2002/2004)
Coordenador do "Telejornal" (2004/2008)
Editor Executivo de Informação (2008/2010)

Enviado especial:
20 guerras/situações de conflito

Outras:
Formador em cursos relacionados com jornalismo de guerra e com forças especiais
Protagonista do documentário "Em nome de Allah", da televisão Iraniana
ONG "Missão Infinita" - Presidente

Obras publicadas:
"Repórter de Guerra" - autor
"Por que Adoptámos Maddie" - autor
"Curtas Letragens" - co-autor
"Os Dias de Bagdade" - colaboração
"Sonhos Que o Vento Levou" - colaboração
"10 Anos de Microcrédito" - colaboração

Pesquisar blog

Arquivos

Abril 2016

Janeiro 2016

Outubro 2015

Junho 2015

Maio 2015

Fevereiro 2013

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Agosto 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Categorias

política

economia

angola 2008

iraque 2008

sexo

afeganistão 2010

mau feitio

televisão

eua

mundo

amigo iraquiano

futebol

curiosidades

telejornal

saúde

iraque

missão infinita

religião

repórter de guerra - iraque

euro2008

guiné

humor

repórter de guerra - cabinda

acidentes

criminalidade

jornalismo

polícia

segurança

solidariedade

rtp

sociedade

terrorismo

afeganistão

caso maddie

crianças talibés

desporto

diversos

férias

futuro

justiça

todas as tags

subscrever feeds