Recordam-se de um livro lançado há seis anos que dava pelo nome de “Curtas Letragens”?
Nessa altura, eu e o Eduardo Saraiva reunimos 50 jornalistas de todos os órgãos de comunicação social que escreveram pequenos contos e cuja receita reverteu a favor de uma instituição de crianças em risco, as Florinhas da Rua.
Pois bem, voltámos a reunir 50 jornalistas (20 de televisão e 30 de imprensa e rádio) e vamos repetir o projecto, agora para ajudar uma ONG africana que dá pelo nome de “SOS-Crianças Talibés” (ou crianças talibãs) e que combate as redes de tráfico de crianças entre a Guiné e o Senegal.
A ONG é o fruto de um fantástico trabalho do professor Malan, um muçulmano que luta contra os mestres corânicos que levam as crianças para as madrassas, mas que, na verdade, as obrigam a ir para a rua mendigar. Há meninos e meninas de três e quatro anos com latas do Mido penduradas ao pescoço por um cordel a pedir nas ruas da Guiné e do Senegal.
Mas há pior: algumas das crianças são levadas por falsos mestres corânicos que as exploram sexualmente ou sujeitam a trabalhos forçados.
A ONG “SOS-Crianças Talibés” precisa de 12 mil euros para construir o centro em Bafatá (na segunda fotografia) e para comprar 4 motorizadas e algumas bicicletas. Só assim poderão acolher as “crianças talibés” resgatadas aos traficantes (já conseguiram recuperar 1.200) e deslocar-se às tabancas, sensibilizando os pais para os perigos que correm ao deixar que os filhos sejam levados para as madrassas.
Ver reportagem que fiz há dois meses na Guiné e os 2 posts em:
http://cheiroapolvora.blogs.sapo.pt/tag/crian%C3%A7as+talib%C3%A9s
http://cheiroapolvora.blogs.sapo.pt/tag/conseguimos+uma+vit%C3%B3ria%21
Ainda se recordam destas três meninas – agora com idades entre os 11 e os 14 anos – que estiveram fechadas num quarto durante oito anos e onde foram repetidamente violadas?
A mais velha já deu à luz uma menina.
Ela a as restantes estão a ser acompanhadas pelos Médicos do Mundo.
Sobre o menino que foi resgatado e que não sabia dos família, a reportagem fez com que os pais o encontrassem.
Quem quiser ajudar esta ONG “SOS-Crianças Talibés”,
poderá fazê-lo através da minha ONG, a Missão Infinita.
Luís Castro