“Eu julguei em função do que era a minha consciência”, acaba de confessar o juiz-relator do caso da menina russa de Barcelos.
Garantindo nunca ter sofrido pressões políticas, o magistrado do Tribunal da Relação de Guimarães reconhece que a mãe não tinha condições para receber a filha em Portugal, mas que os relatórios vindos da Rússia o fizeram mudar de opinião.
Ao Expresso, refere ainda que “No processo, a criança já se queixava de algumas agressões físicas da mãe. Mas esse não é o motivo para eu separar a mãe de uma filha”. Gouveia de Barros arrepende-se por algum excesso de linguagem utilizado no acórdão quando refere que a mãe de acolhimento é movida por um sentido de “maternidade serôdia” e pela opinião que erradamente formou sobre ela.
Agora, o juiz desculpa-se dizendo que “não há pais perfeitos”.
Pois não senhor doutor juiz, também não há juízes perfeitos.
Mas dizer que está perturbado e surpreendido com as imagens de televisão,
é muito pouco.
Luís Castro