Imagens de um canal de televisão russo mostram Natália – a mãe biológica da menina russa – a bater na filha em fente aos jornalistas.
Mãe diz que os pais afectivos (casal de Barcelos) queriam traficar órgãos da menina e mandá-la para uma casa de prostituição.
http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2009/5/caso-alexandra.htm
“Quem julgou este caso, não mude de canal!”, pede o pai afectivo.
http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2009/5/entrevista-com-o-pai-afectivo-.htm
Os que empurraram o problema para a Rússia,
que nos dizem?
Luís Castro
Será assim tão difícil chegar a estas conclusões?
Porque a Justiça não deve ser completamente cega;
Porque anda por aí muita gente surda;
Porque não devemos ficar mudos,
Desafio-vos a deixarem aqui o vosso grito.
Que soluções para esta Justiça?
Cartune de Luis D´Oliveira
Dois ciganos condenados por uma juíza do Tribunal de Felgueiras, em Julho do ano passado, numa sentença polémica pelos termos usados, processaram a magistrada por difamação e eventual discriminação racial. Há mais queixas na calha.
(…)
Em causa está uma sentença que condenou cinco homens de etnia cigana a penas que oscilaram entre o pagamento de multas e um ano e meio de prisão efectiva, por agressão a elementos da GNR que pretendiam pôr termo a uma "festa com tiros", num bairro social da cidade de Felgueiras.
Mas foram as expressões usadas pela magistrada no texto da sentença, referindo-se aos condenados, que causaram mais controvérsia. Por exemplo, entre várias outras: "(...) são pessoas malvistas, socialmente marginais, traiçoeiras, integralmente subsídio-dependentes de um Estado (ao nível do RSI, da habitação social e dos subsídios às extensas proles) e a quem 'pagam' desobedecendo e atentando contra a integridade física e moral dos seus agentes e obstaculizando às suas acções em prol da ordem, sossego e tranquilidade públicas".
Adolfo Monteiro, um dos visados, disse ao JN que está "disposto a ir até onde for preciso para obter Justiça". "Fiquei muito chocado e ofendido", adianta.
A magistrada nunca se pronunciou sobre o caso mas, na altura, a Associação Sindical dos Juízes Portugueses veio a público referir que as expressões em causa tinham sido "descontextualizadas" e que não eram da autoria da juíza, "mas apenas reprodução de depoimentos de testemunhas e de relatórios sociais do processo".
(…)
Jornal de Notícias
Sabendo que o código interno dos ciganos condena quem:
2. Violar os direitos de outro cigano
3. Faltar com o respeito para com os mais velhos
4. Faltar à palavra dada entre ciganos
5. Abandonar os filhos
6. A separação conjugal por traição
7. A maternidade antes do matrimónio
8. A falta de pudor no vestir e os modos de comportar-se
9. Furtar num lugar sagrado
10. Ofender a memória dos mortos.
Pergunto eu:
E respeitar a sociedade que vos acolhe?
E sujeitarem-se às suas leis?
Aos que o façam, eu serei o primeiro defendê-los.
Sempre!
E então poderão gritar bem alto:
Não devemos deixar de ser cigano...
Porque somos primitivos;
Porque somos lendários;
Porque somos limpos, em nossos costumes;
Porque somos folclóricos;
Porque somos místicos;
Porque somos os desertos e os campos;
Porque temos vestes alegres;
Porque somos sábios;’
Porque somos ricos de dons dados por Deus;
Porque somos símbolos da liberdade;
Porque somos indomáveis;
Porque sem nós, algo faltaria na terra.
(In A Bíblia dos ciganos de Hugo Caldeira)
Luís Castro
Então, Manuel Alegre?
Só ameaças?
Mataste os teus próprios poemas?
Plínio dizia que “o poeta tem autorização para mentir”.
Alegre, mentiste?
Pessoa admitia que “o poeta é um fingidor”.
Alegre, fingiste?
Quintana alertava: “desconfia da tristeza de certos poetas”:
Alegre, desiludiste!
E recordo-te o que tu próprio escreveste em a “Letra para um Hino”:
É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.
É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.
Manel,
Os teus três “Nãos” não me chegam.
O teu MIC parece-me pouco.
Admites o nó na garganta?
Olhas para o chão
porque tiveste receio de correr.
Não quiseste cantar.
Não vais viver de outro modo.
Estás domado.
Vais murchar.
Luís Castro
Ter dúvidas é sinal de maturidade e não de fraqueza.
Cá vão:
O turco Ali Agca quer ser português.
Será a primeira consequência da visita de Cavaco à Turquia?
Vital Moreira fala de tudo menos da Europa.
Será que já não quer ser candidato pelo PS às europeias?
Lopes da Mota e Dias Loureiro não se demitem.
Será que alguém tem receio de os deixar cair?
Sócrates fala mais do Freeport do que a oposição.
Será que o PM sabe que os portugueses gostam de vítimas?
Os bispos não param de falar da crise.
Será que não perdoam o preservativo e o aborto e vão concorrer às legislativas?
O Benfica quer Jorge Jesus.
Será que os benfiquistas se aguentam a treinar como Jesus treinou?
Jardim vai receber Sócrates de braços abertos.
Será que vai fazer de Cristo Rei e virar as palmas das mãos para cima para lhe pedir alguma coisa?
Luís Castro
Vou ser politicamente incorrecto.
Ao longo da vida já fui muitas vezes pressionado e ameaçado.
Às pressões respondi com indiferença; às ameaças respondi em voz alta.
É por isso que pergunto:
Lopes da Mota pressionou ou ameaçou os procuradores do caso Freeport?
Pressionáveis, somos todos.
Compete depois a cada um ser ou não permeável às pressões.
E o BPP e o BPN,
que, segundo José Sócrates, "são dois casos de Polícia” e que “em muito prejudicam o país”?!
O que estão a fazer as autoridades e os senhores procuradores que não podem ser pressionados?
Oliveira e Costa está preso. E os restantes?
Estarei enganado ou – pasme-se! – já fez mais pela investigação a Comissão Parlamentar do que as autoridades judiciais?
E os bispos que tentaram “cavalgar a onda” do bairro da Bela Vista?!
Meus senhores: aquele foi outro caso de polícia!
Tudo o resto é inegável, mas façam-me um favor:
derretam o ouro que têm no tecto do Vaticano e comecem por dar o exemplo.
Peço desculpa, mas cheguei a casa e estou com mau feitio.
Estarei errado?
Se estiver saberei reconhecer.
Obrigado.
Luís Castro