Terça-feira, 14 de Dezembro de 2010

chicoteada por usar calças

Depois digam-me lá que não há guerras justas!

 

No Afeganistão havia - e ainda há - situações piores do que a que vão ver nestas imagens gravadas no Sudão.

Mas, para que não fiquem dúvidas,

considero que o que se passa no Afeganistão é uma questão civilizacional.

No entanto, nem todas as guerras se travam apenas pelas armas.

 

 

Luís Castro

publicado por Luís Castro às 21:03
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Sexta-feira, 9 de Abril de 2010

Afinal quem é o sacana?

Não foi assim que Nelson Mandela uniu brancos e pretos.

"Madiba" dizia sonhar com o dia em que todos levantar-se-iam

e compreenderiam que foram feitos para viverem como irmãos.

O sonho continua distante.

 

 

Nelson Mandela:

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele,
ou por sua origem, ou sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender,
e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar."

 

Luís Castro

publicado por Luís Castro às 07:27
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Terça-feira, 19 de Janeiro de 2010

Será? Acho que sim.

Para a Newsweek:

"A verdade é que a única entidade no planeta com capacidade para ajudar o Haiti à escala necessária é o Exército dos EUA. As Nações Unidas acharão politicamente incorrecto admiti-lo; os grandes grupos de auxílio internacional, orgulhosos do seu estatuto não combatente, tentarão não o reconhecer. Mas esta é a realidade."

 

 

Será que os americanos "invadiram" o Haiti?

Será que os haitianos se importam?

 

Será esta a mais nobre de todas as operações americanas fora dos EUA?

Será esta a mais nobre missão de um soldado?

 

 

Luís Castro

publicado por Luís Castro às 22:33
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Sexta-feira, 11 de Dezembro de 2009

A "Nobel Guerra Justa"?

Durante o discurso, Obama usou 44 vezes a palavra “guerra”.

Disse que estas são guerras para garantir a paz.

Falou em “Guerra Justa”

e que “a guerra não será erradicada no nosso tempo de vida”

 

Mas também não esqueceu os direitos humanos, dizendo que não haverá uma “paz justa” enquanto homens e mulheres continuarem a ver negados os seus direitos, sejam eles as liberdades políticas e económicas, sejam os direitos económicos.

“A segurança não existirá enquanto os seres humanos não tiverem comida, água, trabalho”, concluiu.

 

O presidente dos EUA reconheceu que os seus méritos são diminutos comparando-os com os de outros Prémios da Paz.

 

Seja como for, temos de reconhecer que Obama é diferente.

Vejam este vídeo.

 

 

Luís Castro

 

publicado por Luís Castro às 00:59
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Quinta-feira, 12 de Novembro de 2009

E Durão Barroso?

António Guterres é o português mais influente do mundo.

O alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados ocupa o 64º lugar da lista elaborada pela Forbes.

 

1.    Barack Obama

2.    Hu Jintao

3.    Vladimir Putin

4.    Ben S. Bernanke

5.    Sergey Brin and Larry Page

6.    Carlos Slim Helu

7.    Rupert Murdoch

8.    Michael T. Duke

9.    Abdullah bin Abdul Aziz al Saud

10.  William Gates III

11.  Pope Benedict XVI

12.  Silvio Berlusconi

13.  Jeffery R. Immelt

14.  Warren Buffett

15.  Angela Merkel

16.  Laurence D. Fink

17.  Hillary Clinton

18.  Lloyd C. Blankfein

19.  Li Changchun

20.  Michael Bloomberg

21.  Timothy Geithner

22.  Rex W. Tillerson

23.  Li Ka-shing

24.  Kim Jong Il

25.  Jean-Claude Trichet

26.  Masaaki Shirakawa

27.  Sheikh Ahmed bin Zayed al Nahyan

28.  Akio Toyoda

29.  Gordon Brown

30.  James S. Dimon

31.  Bill Clinton

32.  William H. Gross

33.  Luiz Inacio Lula da Silva

34.  Lou Jiwei

35.  Yukio Hatoyama

36.  Manmohan Singh

37.  Osama bin Laden

38.  Syed Yousaf Raza Gilani

39.  Tenzin Gyatso

40.  Ali Hoseini-Khamenei

41.  Joaquin Guzman

42.  Igor Sechin

43.  Dmitry Medvedev

44.  Mukesh Ambani

45.  Oprah Winfrey

46.  Benjamin Netanyahu

47.  Dominique Strauss-Kahn

48.  Zhou Xiaochuan

49.  John Roberts Jr.

50.  Dawood Ibrahim Kaskar

51.  William Keller

52.  Bernard Arnault

53.  Joseph S. Blatter

54.  Wadah Khanfar

55.  Lakshmi Mittal

56.  Nicolas Sarkozy

57.  Steve Jobs

58.  Fujio Mitarai

59.  Ratan Tata

60.  Jacques Rogge

61.  Li Rongrong

62.  Blairo Maggi

63.  Robert B. Zoellick

64.  Antonio Guterres

65.  Mark John Thompson

66.  Klaus Schwab

67.  Hugo Chavez

 

Critérios da Forbes

 

Se a pessoa tem influência sobre muitas outras;

Se a pessoa controla uma grande quantidade de recursos financeiros, comparada com a dos seus pares;

Se a pessoa é poderosa em diferentes esferas;

Se a pessoa usa activamente o seu poder.

  

Luís Castro

 

publicado por Luís Castro às 15:39
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Segunda-feira, 9 de Novembro de 2009

ainda hoje me arrepio...

 

 

Wind Of Change

Scorpions

 

I follow the Moskva
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change
An August summer night
Soldiers passing by
Listening to the wind of change

 

The world is closing in
Did you ever think?
That we could be so close, like brothers
The future's in the air
I can feel it everywhere
Blowing with the wind of change

 

[Chorus:]
Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change

 

Walking down the street
Distant memories
Are buried in the past forever

 

I follow the Moskva
Down to Gorky Park
Listening to the wind of change

 

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow share their dreams
With you and me

 

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change

 

The wind of change blows straight
Into the face of time
Like a stormwind that will ring
The freedom bell for peace of mind
Let your balalaika sing
What my guitar wants to say

 

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow share their dreams
With you and me

 

Take me to the magic of the moment
On a glory night
Where the children of tomorrow dream away
In the wind of change

 

publicado por Luís Castro às 17:32
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Derrubem um muro

Como seria triste o mundo
se tudo já estivesse feito;
se não houvesse uma roseira para plantar;
uma iniciativa para lutar!

 

Gabriela Mistral, poetisa chilena

                        (1889-1957)

 

 

Gorbachov avisara o líder da RDA que a História costumava castigar aqueles que chegavam tarde.

Eu acrescento:

"Aqueles que não se conseguem lembrar dos erros do passado estão condenados a repeti-los."

 

As palavras de George Santayana (poeta espanhol que morreu em meados do século passado) estão há muito guardadas num bloco de notas onde vou apontando frases que não quero esquecer.

 

Assim, como o erro verdadeiro é aquele com o qual nós nada aprendemos, deixo-vos um desafio:

Dos muros que construiram à vossa volta, hoje derrubem um.

 

 

 

Visita guiada ao Muro de Berlim em:

http://www.dieberlinermauer.de/berlimmurohome1024/muro1/muro1.html

 

Luís Castro

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publicado por Luís Castro às 15:43
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Sexta-feira, 9 de Outubro de 2009

Nobel da paz para Obama

Discordo.

Obama mantém duas guerras: Iraque e Afeganistão e está num crescendo de tensão com o Irão.

 

 

O Comité do Nobel justifica a escolha "pelos seus extraordinários esforços para o fortalecimento da diplomacia internacional e da cooperação entre os povos".

 

É verdade que o actual presidente americano desanuviou a tensão que existia, especialmente contra os Estados Unidos.

Não há qualquer dúvida de que Obama trouxe esperança ao Mundo.

Mas é demasiado cedo.

 

Seria prudente esperar mais um ou dois anos.

 

Vejo, no entanto, um ponto positivo:

Obama passa a ter uma nova responsabilidade perante o Mundo.

Com este Nobel da Paz, o presidente americano pensará melhor sobre o que fazer no Afeganistão – a guerra que o próprio Obama escolheu.

 

Luís Castro

 

publicado por Luís Castro às 11:40
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Quinta-feira, 2 de Julho de 2009

Irão "esmaga" EUA

Este vídeo foi retirado de um dos últimos programas do Jon Stewart,

Esta madrugada estava a ver o "Daily Show" e lembrei-me do diálogo que tive com um sargento do exército americano, em pleno deserto do Iraque, em Abril de 2003, durante a guerra.

 

http://www.thedailyshow.com/video/index.jhtml?videoId=231547&title=jason-jones-behind-the-veil

 

Retirado do meu livro, o "Repórter de Guerra":

 

- De onde vens?

- Venho de Portugal.

- Ora, Portugal, Portugal... Já sei, fica em Espanha!

- Não, nada disso. Imagina o mapa da Europa. Estás a ver onde fica Espanha? Mais à esquerda, antes de chegar ao mar, ainda há outro país.

- Ai há?

- Há! É Portugal.

publicado por Luís Castro às 02:25
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Terça-feira, 23 de Junho de 2009

"Burka", sim ou não?

Se um dia se colocar a questão,

devemos proibir o uso da burka em Portugal?

 

 

Sarkozy já disse que o uso daquele traje islâmico que cobre todo o corpo e rosto das mulheres “não é bem-vindo” em França.

A organização de direitos humanos Human Rights Watch considera que a interdição da burka “violará os direitos humanos” e “não trará a liberdade às mulheres”.

 

Uns entendem que não se trata de um símbolo religioso mas de um sinal de subserviência; outros dizem que a liberdade de exprimir a religião e a liberdade de consciência são direitos fundamentais.

O presidente francês promete levar até ao fim a sua vontade: “Não podemos aceitar, no nosso país, que haja mulheres prisioneiras atrás de uma rede, privadas de toda a vida social e da sua identidade”.

 

Deixo-vos o diálogo que tive com o meu guia afegão, nos dias que antecederam a queda do regime Talibã, em 2001, e que está no meu livro, o “Repórter de Guerra”.

 

 

   - Ainudin, explica-me a razão para que as mulheres usem a burka?

   - Elas não se incomodam.

   - Mas vêem o mundo por uma rede.

   - Já estão habituadas.

   - Não me parece que seja uma explicação.

   - São habituadas desde pequeninas. Quando crescem é como se já fizesse parte do corpo delas.

   - Por muito que tente, não consigo encontrar explicação, nem para o facto dos homens as obrigarem nem para que elas se deixarem submeter a esta forma de tortura e humilhação. É inconcebível nos tempos de hoje.

   - Estás enganado, Luís. Já te disse que elas não se importam.

   - Não acredito que concordem!

   - Não é que concordem ou deixem de concordar. Na nossa cultura há coisas que vocês, ocidentais, jamais vão compreender. Aqui, a mulher é inferior ao homem. É assim, sempre foi assim e ninguém vai mudar essa forma de pensar.

   - Repara que isso também acontecia na Europa e agora já não acontece. A mulher emancipou-se e, actualmente, trabalha fora de casa e tem os mesmos direitos que o marido. Repartimos e partilhamos tarefas.

   - Pronto, já nos conhecemos o suficiente para te dizer o que penso, mas fala baixo, porque ninguém me pode ouvir a dizer isto. Talvez ainda não tenhas notado, mas muitos destes homens que se sentam aqui nos sofás da recepção do hotel não passam de espiões, tentando ouvir as vossas conversas e controlando os vossos movimentos. Não é a vocês que eles chateiam, pois já sabem que não o podem fazer. Pressionam-nos a nós, os guias e tradutores, fazendo ameaças do género: “se os levares aos locais proibidos, a tua família é que vai sofrer as consequências.” Aqui há vários serviços secretos e cada um é pior do que o outro.

   - Já percebi. Voltando às burkas, a tua mulher também usa?

   - Não, não usa.

   - Então, estás a desrespeitar a tua tradição!

   - Não, repara, a burka é cultural, mas os Talibãs é que a tornaram obrigatória. Foi como voltar atrás no tempo. Por certo que já viste imagens deles a baterem nas mulheres por elas ousaram levantar um pedaço do tecido. São fundamentalistas e fizeram leis estúpidas, mas tens de olhar para o que foram estes últimos vinte e cinco anos. Seja como for, só assim é que eles acabaram com as guerras.

   - E a tua mulher, o que usa?

   - Usa o véu.

   - Daqueles com que só se vê os olhos?

   - Sim, é desses…

   - Mas continuamos quase na mesma. Qual é o problema de eu ver a casa da tua mulher, diz-me?

   - Não é nenhum. Como sei que tu és de confiança, até podia levar-te agora a minha casa e deixar que a visses destapada. Sei que não irias dizer a ninguém. Mas, por exemplo, se o fizesse com o Jamil (motorista), no dia seguinte ele contaria a toda a gente e seria uma vergonha para mim.

   - Estou a compreender. Serias condenado socialmente.

   - Social e religiosamente!

   - Há quantos anos estás casado?

   - Há seis anos

   - E tens filhos?

   - Sim, tenho dois.

   - Como é que conheceste a tua mulher?

   - Foi no dia do casamento.

   - O quê?

   - Só a vi no dia em que casei.

   - Não acredito!

   - É verdade. A minha mãe e a minha irmã mais velha decidiram que ela devia ser a minha futura mulher. É a nossa tradição. Eu disse-te: há coisas que vocês jamais irão entender.

   - E és feliz?

   - Sou.

   - Ainda bem.

   - Sabes, Luís, eu já tenho outra educação. Tirei o curso de advogado e trabalho como freelancer para a televisão de Quetta, mas são os tapetes e o ópio que me permitem sustentar a família.

publicado por Luís Castro às 20:02
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Perfil

Jornalista desde 1988
- 8 anos em Rádio:
Rádio Lajes (Açores)
Rádio Nova (Porto)
Rádio Renascença
RDP/Antena 1

- Colaborações em Rádio:
Voz da América
Voz da Alemanha
BBC Rádio
Rádio Caracol (Colômbia)
Diversas - Brasil e na Argentina

- Colaborações Imprensa:
Expresso
Agência Lusa
Revistas diversas
Artigos de Opinião

RTP:
Editor de Política, Economia e Internacional na RTP-Porto (2001/2002)
Coordenador do "Bom-Dia Portugal" (2002/2004)
Coordenador do "Telejornal" (2004/2008)
Editor Executivo de Informação (2008/2010)

Enviado especial:
20 guerras/situações de conflito

Outras:
Formador em cursos relacionados com jornalismo de guerra e com forças especiais
Protagonista do documentário "Em nome de Allah", da televisão Iraniana
ONG "Missão Infinita" - Presidente

Obras publicadas:
"Repórter de Guerra" - autor
"Por que Adoptámos Maddie" - autor
"Curtas Letragens" - co-autor
"Os Dias de Bagdade" - colaboração
"Sonhos Que o Vento Levou" - colaboração
"10 Anos de Microcrédito" - colaboração

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