Saímos do Kuito, passámos Cunhinga, Andulo e chegamos a Calussinga. O polícia aponta-nos um caminho diferente daquele que nos haviam recomendado.
– E passa?
– Sim. O vosso carro é bom!
– De certeza?
– Eh… a estrada é um bocadinho malaika, mas vai vos levar lá!
O “lá” é a Quibala. Poupamos cento e cinquenta quilómetros, mas andamos mais de duzentos pelo meio de nada, apenas algumas aldeias com a bandeira da UNITA bem hasteada. Nunca conduzi numa picada assim. Foi uma experiência única.
Em Lanhore, um “pequeno-alto” (pequena paragem, em gíria militar) para comprar bananas.
Quando todos os outros fugiam da minha máquina fotográfica, o “motorizada” pede para tirar um retrato comigo…
Em troca tive de levar a família até à Quibala!
A Dª Eva (mãe), a Dª Mónica (tia) e dois “lambretazinhos” (filhos do motorizada)…
Daqui seguimos para Malange.
Mais 500 Km…
Só voltámos a parar para abastecer
900 km depois e catorze horas ao volante, chegámos finalmente a Malange!
Amanhã Continua
Luís Castro no interior de Angola