Já fui submetido várias vezes ao “scanner corporal”.
Sempre que entrava na Green Zone, em Bagdade, era obrigado a passar pelos scanners de ondas milimétricas. Nunca me incomodou o teste.
Especialistas garantem que não há riscos para a saúde, mas admito que os scanners que nos despem possam causar constrangimentos.
O que está em causa é – mais uma vez – saber até que ponto a necessidade de segurança pode limitar nos nossos direitos individuais.
Pesados os prós e os contras,
eu concordo com a colocação destes scanners nos aeroportos.
E vocês?
Reportagem no Telejornal:
Os conselheiros do TC aprovaram e o Diário da República publicou-os esta semana.
Os dois acórdãos negam provimento a outras tantas acções da Brisa que não se conformou por ter sido condenada a pagar indemnizações pelo atravessamento da A4 por uma raposa e por um cão de grande porte.
Segundo uma lei aprovada há dois anos,
não basta fazer prova do cumprimento genérico dos deveres de segurança, mas sim do cumprimento dessas obrigações em concreto.
Assim,
a concessionária deve demonstrar que a "intromissão do animal na via não lhe é, de todo, imputável, sendo atribuível a outrem, tendo de estabelecer positivamente qual o evento concreto" que a não deixou realizar o cumprimento das obrigações de segurança.
Luís Castro
"Mandam-se os polícias para a rua para multarem, mas, se as multas não atingem os números desejados, castigam-se os polícias, impedindo-os, por lhes serem atribuídas más classificações, de tentarem progredir na carreira."
António Ramos
presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP)
Um agente da PSP da 3.ª Divisão de Lisboa foi avaliado, no final do mês passado, com base no escasso número de autuações de trânsito que efectuou.
Há esquadras do Comando Metropolitano de Lisboa onde foram afixados os pontos a atribuir aos polícias por cada actividade policial desempenhada.
É o caso da esquadra de Caxias:
*** uma contra-ordenação de trânsito vale um ponto
*** uma detenção vale três pontos
*** uma multa de trânsito mal passada é punida com dois pontos negativos
"Mandam-se os polícias para a rua para multarem, mas, se as multas não atingem os números desejados, castigam-se os polícias”
Pergunto eu:
A função da polícia não é, antes de tudo,
ser preventiva e só depois repressiva?
Luís Castro
António Ramos,
Sócrates:
“Nos Estados democráticos não se ataca a polícia.”
Não podia estar mais de acordo.
Mas depois fiquei confuso confuso:
ouvi o primeiro-ministro dizer que a “a segurança é a primeira das prioridades” e o ministro Rui Pereira dizer que “o Estado não dialoga com criminosos”.
Só que o Ministério Público mandou libertar os três indivíduos que a polícia deteve durante a noite. Em que ficamos?
Gostei de ouvir Paulo Portas reafirmar a necessidade de julgamentos em 48 horas para os criminosos apanhados em flagrante e Paulo Rangel a exigir que a criminalidade urbana entre na agenda europeia.
Não gostei de ouvir Francisco Louçã lembrar apenas os que “foram enfiados em barracas de cimento”.
Então e a Polícia?
E todos nós que respeitamos a lei e a ordem?
Luís Castro
O Tribunal Criminal de Chester confirmou a detenção até 13 de Janeiro do camionista português. Paulo Silva, de 46 anos, está acusado de "homicídio provocado por condução perigosa".
Na noite de 20 de Outubro, o português esteve envolvido num aparatoso acidente naquela que é uma das mais perigosas auto-estradas inglesas, a M6.
Do embate com um monovolume resultou a morte imediata de uma família inglesa de seis pessoas.
Na audiência de hoje, apenas foi pedido ao camionista português que confirmasse o nome e a morada. Para presidir ao julgamento – já marcado para 9 de Fevereiro – foi nomeado um magistrado de um tribunal superior, o que acontece em casos mais complicados ou graves.
Segundo a lei britânica, o "homicídio provocado por condução perigosa" é punido com multa, proibição de conduzir e pena de prisão até dez anos.
Luís Castro