A Terra está a demorar um ano e três meses a repor aquilo que usamos num ano.
Em 2030 a humanidade vai depender dos recursos naturais de dois planetas, algo que será “fisicamente impossível”, segundo o relatório bianual Planeta Vivo 2008 divulgado ontem.
O último relatório Planeta Vivo - da responsabilidade da organização WWF, Sociedade Zoológica de Londres e da Global Footprint Network -, foi publicado há dois anos. Estimava que só precisaríamos de dois planetas no longínquo ano de 2050. Agora estamos prontos para ultrapassar essa fronteira já em 2030, ou seja, quando os nossos bebés recém-nascidos estiverem a entrar para o mercado de trabalho.
As Nações Unidas estão a trabalhar numa “nova ordem verde” mundial, lançada oficialmente a 22 de Outubro em Londres, capaz de reanimar a economia, evitar o colapso dos sistemas ambientais e criar milhares de empregos. O novo conceito inspira-se no “New Deal” de Franklin Roosevelt que pôs fim à Depressão da década de 30 do século XX.
A ONU vai apelar aos líderes mundiais, entre eles o próximo Presidente dos Estados Unidos, para redireccionarem os investimentos na direcção da “energia limpa”, agricultura sustentável, redução da desflorestação e das emissões poluentes e para a construção de cidades e edifícios mais sustentáveis.
O que é certo é que a preocupação com o esgotamento dos recursos naturais não é de hoje. O mundo começou a preocupar-se na década de 60, ainda não tinha sido inventado o conceito de pegada ecológica. Em 1972, na véspera da primeira Conferência da ONU sobre Ambiente Humano, em Estocolmo, foi publicado o relatório “Só Há uma Terra”. Quase 40 anos depois continuamos a ser alertados para os nossos limites.
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